Mar do Sul da China | Filipinas diz não ter perdido recife disputado

As Filipinas garantiram ontem que não abandonaram um recife disputado no mar do Sul da China, apesar da retirada de um navio militar que estava ali destacado desde Abril após um impasse com a China.

“Não perdemos nada”, disse o porta-voz da guarda costeira filipina, numa conferência de imprensa, garantindo que continuará a haver uma presença no recife, conhecido nas Filipinas como Sabina.

“Estamos apenas a reposicionar o nosso navio (…) [e] isto não significa que os navios da guarda costeira deixem de estar destacados” no recife, disse Jay Tarriela. Citando a segurança das operações, o porta-voz recusou divulgar mais informações.

O navio BRP Teresa Magbanua ancorou em Abril nas águas em redor do recife para desempenhar “funções de sentinela”, de acordo com o Conselho Marítimo Nacional das Filipinas, para fazer valer as reivindicações de Manila e impedir que Pequim assuma o controlo da zona.

Em Agosto, os barcos chineses bloquearam uma missão de reabastecimento aos marinheiros filipinos a bordo do navio, causando uma grave escassez de alimentos. Na última tentativa, em 31 de Agosto, a China acusou um barco filipino de causar uma “colisão deliberada” contra um navio da guarda costeira.

O recife, conhecido em chinês como Xianbin, localizado a 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a 1.200 quilómetros da ilha chinesa de Hainan, tem sido palco de vários incidentes nos últimos meses.

Pequim “exerce uma soberania indiscutível sobre (…) Xianbin e as suas águas adjacentes”, disse no domingo, num comunicado de imprensa o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun. O mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.

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