Hospital das Ilhas | Responsável diz que já não é preciso sair de Macau

O Hospital das Ilhas foi ontem inaugurado oficialmente, dando início à actividade do complexo que pretende ser um ponto de referência regional, incluindo para o Sudeste Asiático. A presidente do Peking Union Medical College Hospital afirmou que os residentes já não precisam sair de Macau para tratar problemas graves de saúde

 

Findo o período de abertura experimental, foi ontem inaugurado oficialmente o Hospital das Ilhas, também designado como Hospital Macau Union. Na cerimónia que marcou o início de actividade do novo complexo hospitalar, o Chefe do Executivo realçou a importância do hospital para além da esfera territorial da RAEM, tendo como objectivo “tornar-se um centro médico de primeira classe com influência internacional, baseado na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, apto para satisfazer as necessidades no Sudeste Asiático”.

Ho Iat Seng afirmou que o novo hospital “vem aumentar a capacidade de Macau no diagnóstico e tratamento das doenças complicadas e graves”, assim como alargar o leque de acesso a especialidades clínicas, “melhorar a saúde e o bem-estar dos residentes” e “aperfeiçoar de forma abrangente a qualidade de cuidados médicos em Macau”.

A presidente do Peking Union Medical College Hospital, que irá administrar o Hospital das Ilhas em conjunto com o Governo da RAEM, afirmou que a nova unidade irá cumprir o princípio de serviço público e inverter a lógica de que os residentes têm de procurar tratamento para doenças graves fora de Macau.

Jargão político

O discurso do Chefe do Executivo foi também marcado pelos habituais chavões que preenchem a comunicação política do território. Depois de mencionar que este ano se “assinala os 75 anos da fundação da República Popular da China e os 25 anos do estabelecimento da RAEM”, Ho Iat Seng indicou que a dupla celebração e confere ao início de actividade do Hospital Macau Union “um significado especial”.

O novo hospital foi também indicado como “um projecto importante da cooperação entre a RAEM e o Interior da China na área da saúde construído sob a égide do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, um marco na estratégia do desenvolvimento da diversificação adequada da economia “1+4”, e um impulso que irá realçar “ainda mais o brilho do ‘cartão dourado’ de Macau como uma metrópole internacional”.

No plano substantivo, Ho Iat Seng salientou o acordo estabelecido no mês passado entre o Centro Conjunto de Investigação em Medicina Clínica da Universidade de Macau e do Hospital Macau Union com o objectivo de criar um centro conjunto de investigação em medicina clínica. O governante apontou que o projecto irá constituir uma base ampla para a cooperação na formação e intercâmbio de talentos médicos de alta qualidade, na investigação científica, promoção de tecnologias de ponta e na expansão da partilha de recursos.

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