Ensino | Depois de dispensados, docentes voltam à EPM

Os três professores da Escola Portuguesa de Macau dispensados e colocados noutras instituições de ensino no território voltaram à Escola Portuguesa e já estão a dar aulas. Depois de trocas e dispensas, de um despacho do Governo português e uma carta dos conselheiros das comunidades, o ano lectivo arranca na instituição de matriz portuguesa

 

Dispensados, recontratados, transferidos para outras escolas e agora retornados à Escola Portuguesa de Macau (EPM). A vida de três professores da EPM durante as últimas férias de Verão foi recheada de avanços e recuos e muita incerteza. Os professores Alexandra de Aragão Domingues, que tem mais de três décadas de casa, Dora Coelho, Carlos Botão Alves, Elsa Botão Alves e a psicóloga Isabel Dias Marques foram dispensados e, após um processo que incluiu um inquérito realizado pela Inspecção-Geral da Educação e Ciência, viram as suas licenças especiais renovadas por um ano através de um despacho assinado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação de Portugal, Fernando Alexandre.

No despacho, assinado a 7 de Agosto, Fernando Alexandre fez questão de referir que renovava as licenças especiais para que se possam “manter na EPM com serviço docente/tarefas distribuídas no próximo ano lectivo”. Porém, passado menos de um mês, três dos docentes em causa deixaram de ter horário distribuído na EPM e acabaram por ser colocados noutras escolas do território, incluindo a Escola Zheng Guanying e a Escola Luís Gonzaga Gomes.

Em mais um volte-face, e com o ano lectivo a começar, os três professores em questão voltaram à EPM para dar aulas e os docentes que os iriam substituir, por troca com as escolas mencionadas, regressaram também às instituições de proveniência.

Para trás e para a frente

Antes do regresso dos professores dispensados, os Conselheiros das Comunidades Portuguesas do Círculo da China enviaram um ofício ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, a expressar “crescente preocupação” com a gestão do corpo docente da EPM. Entre vários reparos e críticas, os conselheiros acusavam a direcção da escola de incumprimento do despacho assinado pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação e apelar à intervenção do Governo português.

A acusação de incumprimento foi negada pelo director da EPM, Acácio de Brito, que referiu em declarações ao Canal Macau da TDM que “a escola cumpriu integralmente aquilo que vem no despacho”. “Não faltava mais nada que um director ou uma administração de uma escola não cumprisse um despacho do senhor ministro”, acrescentou o director da EPM.

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Carlos Santos
Carlos Santos
12 Set 2024 03:02

Agora que já conseguiram o que queriam, que tal trabalhar e deixar a escola em paz? Já chega de confusões e notícias, o que é preciso é que agora os ânimos acalmem e deixarem os professores (todos eles) e os alunos trabalharem serenamente.

Carolina Sanches
Carolina Sanches
Responder a  Carlos Santos
12 Set 2024 16:32

Sr.Carlos Santos, permita-me que considere “infeliz” a primeira frase do seu comentário:”Agora que já conseguiram o que queriam … ” .Eu diria: Agora que finalmente foi corrigida uma situação injusta, a qual havia sido criada de forma abrupta e inusitada “.
Sem mais, faço votos de que na EPM possa haver uma boa gestão, bons professores e bons funcionários auxiliares, de modo a que os alunos possam continuar a ter bons resultados.

Teresamaria
Teresamaria
Responder a  Carolina Sanches
12 Set 2024 18:21

Muito bem. Foi corrigida uma situação injusta, imposta por quem não está de boa fé. Todos estamos atentos para que os deixam trabalhar tranquilamente.