Chefe do Executivo reforça poderes na Macau Renovação Urbana

O Chefe do Executivo tem os poderes reforçados na empresa Macau Renovação Urbana e vai passar a ser responsável directamente por todas as nomeações no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal. A alteração foi publicada ontem no Boletim Oficial, no âmbito da revisão dos estatutos da empresa com capitais públicos.

Segundo os estatutos da Macau Renovação Urbana, o Conselho de Administração da empresa pode ter entre sete e 11 membros. Entre estes, três eram escolhidos directamente pelo Chefe do Executivo e os restantes eram seleccionados por votação na Assembleia Geral.

No entanto, com as alterações publicada ontem no Boletim Oficial, o Chefe do Executivo vai passar a nomear todos os membros directamente, sem estar dependente das deliberações da Assembleia Geral.

Inaletrado fica o facto de o Chefe do Executivo ficar responsável pela nomeação do presidente do Conselho de Administração, cargo que actualmente é desempenhado pelo empresário Peter Lam Kam Seng.

Mandatos de três anos

As nomeações para o Conselho de Administração passam também a vigorar por um período de três anos, com a opção de uma renovação do mandato.

Além disso, ficou previsto que o Conselho de Administração eleja, entre os seus membros, até três vice-presidentes, que podem substituir o presidente nas suas faltas ou impedimentos.

Em relação ao Conselho Fiscal, até agora era composto por um número ímpar de membros, eleitos pela Assembleia Geral, que também escolhia entre os membros o presidente, cargo actualmente desempenhado por Iau Teng Pio. Porém, com as alterações de ontem, as nomeações passam a ser feitas directamente pelo líder do Governo.

A Macau Renovação Urbana é uma empresa com capitais públicos que foi responsável pela construção da habitação temporária e para idosos na Areia Preta, assim como a construção e comercialização dos apartamentos no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha.

A empresa com capitais públicos tem como accionistas a RAEM (com 96 por cento das acções), o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (3 por cento das acções) e o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (1 por cento das acções).

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