Parques Industriais | Quebra de 70 por cento nos lucros em 2023

Após um 2022 com lucros de 33,0 milhões de patacas em receitas extraordinários, as contas da Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau caíram no ano passado para ganhos de 9,3 milhões de patacas

 

A Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau registou uma quebra superior a 70 por cento dos lucros. A informação sobre a empresa detida a 100 por cento pela RAEM consta das demonstrações financeiras, publicadas no portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos.

De acordo com os dados divulgados, no ano passado, os lucros da empresa não foram além dos 9,3 milhões de patacas. Esta é uma redução de 71,8 por cento dos lucros, que em 2022 atingiram o montante de 33,0 milhões de patacas.

A situação significa um regresso à normalidade para a empresa que em 2022 tinha registado como receitas extraordinárias cerca de 31,8 milhões de patacas, explicados com “transferências de contratos”, do total das receitas de 48,8 milhões de patacas.

A nível dos lucros nem tudo são más notícias para a empresa da RAEM, que conseguiu gerar 5,9 milhões de patacas com os juros do dinheiro que tem guardado. Foi um aumento acentuado face a 2022, quando o montante gerado com juros se fixou nos 2,7 milhões de patacas.

Em termo de despesas, os custos com o pessoal tiveram um peso de 5,8 milhões de patacas, o que significa uma redução muito ligeira em relação ao ano anterior. Os salários do conselho de administração custaram 1,4 milhões de patacas, dos quais cerca de 1,2 milhões têm como destino Lo Ioi Weng, presidente do Conselho de Administração. Os custos com o restante pessoal que não faz parte dos órgãos sociais atingiram 3,9 milhões de patacas, em comparação com os 3,8 milhões de patacas do ano anterior. No final de 2022, a empresa declarava ter 10 trabalhadores.

Além dos salários, a segunda grande despesa foi o pagamento de condomínios que atingiu 2,7 milhões de patacas, o que não deixou de ser uma redução dos custos face a 2022, quando o montante gasto foi de 2,9 milhões de patacas.

Cantiga da diversificação

A Sociedade para o Desenvolvimento dos Parques Industriais de Macau foi criada em 1993 com o objectivo de atrair investimento e mais indústrias para o Parque da Concórdia em Coloane.

Em 2003, a empresa ficou responsável pela exploração do Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-Macau, construído na Ilha Verde, no que foi igualmente uma forma de tentar diversificar a indústria do território.

A empresa tem assim como objectivo desenvolver e gerir terrenos que ficaram reservados para o desenvolvimento industrial e actividades relacionadas, de acordo com o portal da companhia.

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