Novo Bairro | Pouco comércio e transportes afastam residentes

A abertura de apenas quatro lojas, escassez de transportes e Posto de Saúde por abrir mantém o cepticismo dos residentes em relação ao Novo Bairro de Macau. Pelo menos de acordo com a responsável do centro de idosos no complexo gerido pelos Kaifong. O deputado Nick Lei pede mais agilidade para passar fronteira

 

Esperar para ver. É desta forma que a chefe do Centro de Serviços para Idosos no Novo Bairro de Macau, Hong Un Kei, encara a posição dos residentes de Macau face à possibilidade de se mudarem para o complexo habitacional construído em Hengqin. A responsável pelo centro operado pela União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) queixa-se da falta de condições de habitações ao nível estrutural, com apenas quatro lojas em funcionamento nas imediações do Novo Bairro de Macau (NBM).

Apesar de notar que devem abrir mais espaços comerciais em breve, como comprovam as obras de acabamentos em algumas lojas, a responsável realça que as torres de habitação são servidas por apenas um 7-Eleven, uma cafetaria, uma casa de chás (sem comida) e uma loja de encomendas de Taobao. Porém, está prevista a abertura de um supermercado, um McDonald’s, um restaurante chinês, um salão de beleza de uma loja de bubble tea.

Em declarações ao jornal do Cidadão, a dirigente destacou a falta de conveniência que os moradores do NBM enfrentam actualmente, acrescentando a falta de espaços infantis, equipamentos para exercício físico e zonas com lugares sentados para descanso, especialmente dos idosos.

Portas e travessas

Hong Un Kei apontou ainda a falta de transportes como uma pedra no sapato dos moradores do NBM. A paragem de autocarro que vai servir o complexo habitacional com 27 torres e cerca de 4.000 fracções. Como tal, sugeriu a abertura de linhas de autocarros que passam pelo Hospital de Hengqin, e pelos postos fronteiriços de Qingmao e Gongbei.

A passagem da fronteira é outro problema, na óptica de Hong Un Kei, que indica ser necessário gastar uma hora para passar entre territórios durante os períodos de maior turismo, incluindo o Verão. A solução poderia passar pela contratação de mais pessoal de alfândega e estabelecendo corredores exclusivos para residentes de Macau ou máquinas de passagem automática.

Nick Lei, também ouvido pelo jornal do Cidadão, também gostaria de ver maior facilidade na passagem da fronteira. O deputado ligado à comunidade de Fujian realça a inconveniência de os passageiros que atravessam a fronteira de automóvel terem de sair da viatura e passar por uma sala de inspecção alfandegária.

Além disso, Nick Lei defende o alargamento dos níveis de ensino, além do pré-primário até ao 2.º ano do ensino primário, o que obriga os restantes jovens a atravessar a fronteira diariamente para ir à escola.

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