Pequim promete “zero restrições” ao investimento estrangeiro no sector industrial

A China vai levantar as restrições ao investimento estrangeiro no seu sector industrial, como parte das políticas de abertura de Pequim, afirmou na sexta-feira um responsável do Governo chinês, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

A China vai “tomar novas medidas” para facilitar o acesso ao seu mercado e melhorar o ambiente de negócios para as empresas estrangeiras, disse Zhu Bing, director-geral do departamento de gestão do investimento estrangeiro do Ministério do Comércio, em conferência de imprensa.

O responsável afirmou que o conjunto de indústrias que promovem o investimento estrangeiro será alargado e que serão feitos progressos na “abertura ordenada” de sectores específicos como as telecomunicações, a Internet, a educação, a cultura e a saúde.

Para o efeito, serão revistas as regulações, com o objectivo de dar maior apoio ao investimento a longo prazo e de alta qualidade nos mercados de capitais do país asiático.

Zhu assegurou que a China continua a ser um destino atractivo para o capital estrangeiro e que mantém “intactas” as suas vantagens, entre as quais destacou especificamente as bases económicas “sólidas”, o seu “vasto” mercado, os fornecimentos industriais de alta qualidade e o “talento excepcional” disponível no seu mercado de trabalho.

Gigante ultrapassado

No primeiro semestre do ano, o investimento directo estrangeiro na China caiu 29,1 por cento em relação ao ano anterior, para 498,91 mil milhões de yuan, segundo os dados oficiais, embora os responsáveis citados pela imprensa local afirmem que se trata apenas de uma descida “temporária”.

De acordo com um relatório recente citado pelo diário de Hong Kong South China Morning Post, em 2023, as seis principais economias do Sudeste Asiático ultrapassaram a China em termos de investimento directo estrangeiro: 206 mil milhões de dólares contra 43 mil milhões.

Além disso, estes países atraíram mais 37 por cento de investimento directo estrangeiro entre 2018 e 2022, contra 10 por cento da China, segundo a mesma fonte.

Este facto deve-se à estratégia de diversificação seguida por muitas empresas e à redução da competitividade da China devido ao aumento dos custos e ao impacto das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos e outros países sobre importações oriundas da China.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários