Empresa responsável por ChatGPT suspende serviços em Macau

A Open AI, empresa responsável pelo serviço de inteligência artificial ChatGPT, suspendeu todos os serviços em Macau. A suspensão entrou em vigor na terça-feira, de acordo com a informação divulgada pelo jornal Securities Times, que tem sede no Interior.

Antes da suspensão do serviço, o acesso ao serviço de inteligência artificial ChatGPT a partir de Macau já encontrava vários constrangimentos. O acesso só era possível de forma indirecta, através de outros portais que depois acediam ao ChatGPT, ou com a utilização de um VPN [Rede Privada Virtual], uma forma de disfarçar o local de origem dos utilizadores.

Face às dificuldades em vigor, a forma de acesso em Macau aos serviços da Open AI não deverá reflectir grandes mudanças, porém a utilização de VPN para aceder aos serviços pode encontrar novos obstáculos, não estando garantido o acesso bem-sucedido.

A suspensão não só do ChatGPT, mas de todos os serviços da Open AI foi agora tornada oficial, e é aplicada a partir dos Estados Unidos, onde a empresa tem sede, e abrange não só Macau, mas também Hong Kong e o Interior.

Outros países também afectados pela suspensão do serviço são o Irão, Coreia do Norte e a Rússia.

A inteligência artificial é uma ferramenta que permite ajudar os utilizadores na criação de texto, imagens, músicas, códigos informáticos, e que começa a ter grande aplicação no dia-a-dia, em vários sectores da sociedade.

Efeitos e oportunidades

As limitações no acesso aos serviços da Open AI surgem numa altura em que as autoridades americanas estão a tentar adoptar políticas para limitar os investimentos do país no sector tecnológico da China.

Após ter sido anunciada a suspensão, de acordo com o jornal The Guardian, a empresa chinesa SenseTime anunciou a versão mais recente da sua ferramenta inteligência artificial, o SenseNova 5.5, que se espera seja capaz de competir com o ChatGPT 4.0, a última versão da ferramenta da Open AI.

Além disso, a empresa mostrou-se confiante em vir a beneficiar com a suspensão americana, esperando que o seu serviço ganhe vários novos clientes.

Também em Setembro do ano passado, os EUA tinham definido uma política para proibir o investimento de empresas norte-americanas em alguns países como China, Irão, Coreia do Norte e a Rússia. Nessa altura, também Macau foi visado pelas medidas tidas como sanções para atrasar o desenvolvimento tecnológico. Na ordem executiva assinada por Joe Biden em Setembro, a medida foi justificada com a segurança nacional americana.

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