PME | Pedidos mais juros bonificados e extensão de reembolso

Song Pek Kei pediu a extensão do prazo de reembolso dos empréstimos contraídos por pequenas e médias empresas ao abrigo do plano de bonificação de juros de créditos, que começou durante a pandemia. Além disso, a deputada pediu ao Governo mais uma edição do mesmo plano

 

Com os prazos de reembolso para alguns dos empréstimos concedidos a pequenas e médias empresas (PME), ao abrigo do plano de bonificação de juros de créditos, a chegar ao fim no próximo mês, a deputada Song Pek Kei pediu ao Governo que volte a alargar o prazo de pagamento do reembolso por mais seis meses.

Numa interpelação escrita divulgada na sexta-feira, a deputada ligada à comunidade de Fujian justificou a reivindicação com as muitas PME que estão a atravessar dificuldades, “enquanto esperam pela recuperação”.

“Vai o Governo considerar o pagamento de juros, sem o reembolso do crédito principal, e estender o período de reembolso para as medidas e benefícios serem eficazes e permitir às PME algum espaço para respirar?”, questiona.

Song Pek Kei pediu também que o Executivo lance uma nova ronda do “Plano de Bonificação de Juros de Créditos para as PME”, uma medida que foi apresentada pelo Governo como temporária. Porém, a deputada cita na interpelação os argumentos do Executivo nos planos de apoio lançados durante a pandemia.

“No passado, o Governo declarou que iria estudar e avaliar a evolução do desenvolvimento social e económico, prestando atenção às condições de operacionalidade das PME e formular respostas estratégicas em tempo útil”, recorda a deputada.

O que falta

Song Pek Kei realça as assimetrias na velocidade da recuperação económica, em especial nos bairros comunitários, onde as PME estão numa situação ainda pior do que durante a pandemia. Na óptica da deputada, se o Governo não avançar com uma nova ronda de créditos com juros bonificados, muitas empresas vão desaparecer.

Aliás, a deputada indica que existem empresas que ainda acumulam nas dívidas a pagar os reembolsos dos créditos contraídos para fazer face aos prejuízos resultantes do tufão Hato. Como tal, Song Pek Kei espera que o Governo considere implementar as suas sugestões, para que o tecido empresarial de Macau “consiga restaurar a sua vitalidade, consolidar raízes e manter as operações estáveis”.

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