As tretas de Montenegro

1 – MARCELO COM REMORSOS DE CONSCIÊNCIA

O Presidente da República que aceitou de imediato a demissão de António Costa e que rejeitando uma proposta do antigo primeiro-ministro no sentido de ir para o seu lugar Mário Centeno, visto que o Partido Socialista tinha uma maioria absoluta para governar, é a mesma pessoa que depois de andar absolutamente calado até “colocar” Luís Montenegro em primeiro-ministro, é a mesma pessoa que agora anda cheio de remorsos de consciência relativamente a António Costa ao ponto de vir a público afirmar que seria bom que um português viesse a ocupar o lugar de presidente do Conselho Europeu, referindo-se indirectamente a António Costa.

O Presidente Marcelo sabe bem o mal que fez ao país enquanto não destituiu António Costa apenas com a fobia de colocar lá alguém do seu partido, que por sinal não era Luís Montenegro, mas sim Pedro Passos Coelho. Mas o Presidente da República já anda a falar demais para o que era normal há uns meses. Ao ponto de chegar a afirmar, inacreditavelmente, que Carlos Moedas, o actual presidente da edilidade lisboeta, é uma pessoa indicada para ser candidato a Presidente da República.

Será que o Presidente Marcelo não se dá conta do que já foi dizendo, mesmo em tertúlias de amigos? Começou por desejar Passos Coelho para candidato ao seu lugar. Depois, começou a dar a entender que uma pessoa fundamental para o cargo seria alguém com experiência política como Marques Mendes. E agora, vem falar de Carlos Moedas. Pensamos, muito sinceramente, que Marcelo Rebelo de Sousa ficou imensamente perturbado psicologicamente com o “caso das gémeas”, que na verdade lhe retirou imensa popularidade e que ele sabe bem que andou a meter “cunhas” para a cirurgia das gémeas com um gasto de mais de quatro milhões de euros.

2 – A MODA É DIZER MAL DO BENFICA

O Sport Lisboa e Benfica é uma instituição de prestígio centenário. A equipa tem um treinador com experiência e sapiência invulgares. Mal chegou ao Benfica o clube foi campeão. Depois, um sector da estrutura do clube iniciou uma campanha junto dos adeptos contra Roger Schmidt porque este não dava satisfações profissionais a quem não tinha nada a ver com a prática desportiva da equipa. A partir daí, tem-se acentuado essa campanha contra o treinador ao nível dos mais diversos comentadores de televisão. Ora, Roger Schmidt é um dos melhores treinadores da Europa e sabe o que faz.

Não tem culpa que certos jogadores, influenciados por alguma imprensa desportiva, não pratiquem o futebol que Schmidt ministra no Seixal durante os treinos. Está à vista de toda a gente que existem jogadores que não suam a camisola e que estão constantemente a perder a bola para o adversário, tal como aconteceu no último jogo em França para a Liga Europa. E, isso, é culpa do treinador? Certos adeptos acusam Schmidt de efectuar substituições tardias. Parece mentira.

Essa particularidade, vê-se por esse mundo fora do futebol. Obviamente que o treinador realiza as substituições quando se dá conta que o resultado está a correr negativamente e tudo faz para mudar a situação. Mas não, agora é a campanha total para mandar embora o treinador. Pois bem, os benfiquistas se assim querem, pensem só que têm de entregar ao treinador e à sua equipa técnica mais de 30 milhões de euros, porque o contrato é válido até 2026.

2 – AS TRETAS DE MONTENEGRO

O actual primeiro-ministro, Luís Montenegro, começou a sua participação da pior forma. Em campanha eleitoral e depois de ter sido eleito afirmou a todos os portugueses que o investimento numa descida do IRS atingiria os 1.500 milhões de euros. Nem imaginam a “feira” a que assistimos durante toda a semana passada com os partidos todos a criticar a grande mentira de Montenegro, porque mais de 1.000 milhões já pertenciam ao plano do Orçamento anterior de António Costa. Este novo governo vai apenas investir entre 200 a 300 milhões.

El-rei gritou: embuste! Fraude! Mentira! Propaganda! E que mais epítetos se ouviram por esses canais de rádio e televisão contra a manobra de Montenegro que enganou tudo e todos que o IRS iria ser um bem caído do céu (leia-se AD) para todos os portugueses. O debate extraordinário no Parlamento foi uma vergonha. Nem o primeiro-ministro, nem o ministro das Finanças apareceram no hemiciclo para prestar esclarecimentos sobre o IRS porque andavam a viajar. Ainda nem aqueceram a cadeira dos gabinetes e só pensam na passeata. Até houve um ministro, que sem necessidade nenhuma, foi até Macau. Para quê? Se os portugueses que residem na vossa Região só se sabem queixar que as autoridades portuguesas não ligam nenhuma a Macau…

Montenegro começa muito mal. Escolheu para governante um ministro que tinha participado em grandes cambalachos no fabrico de máscaras clínicas quando Portugal foi atingido pelo vírus Covid 19 e era vice-presidente da Câmara de Cascais, havendo alegadamente as maiores suspeitas de corrupção. Escolheu para governante uma senhora que estava na CP e que saiu para a Autoridade da Mobilidade e Transportes. Duas instituições públicas.

Inexplicavelmente, a senhora ao deixar a CP levou com ela 80 mil euros de indemnização. Por quê? E mais grave ainda, foi para o novo “tacho” com um salário de 13.440 euros mensais. Algo inacreditável. Um pecúlio superior ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro, as três figuras de maior destaque na vida política portuguesa.

O novo primeiro-ministro, aos olhos dos portugueses mentiu, fez propaganda sobre o IRS em campanha eleitoral e na apresentação do Programa do Governo dizendo que o investimento seria de 1.500 milhões de euros. Isto foi grave e ainda se mantém a discussão no Parlamento, onde se tem destacado, diga-se a verdade, quem tem mostrado saber de Finanças a sério, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua. Esta deputada já demonstrou por A mais B que a AD mentiu aos portugueses.

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