Óbito | Pequim saúda “contribuições históricas” de Kissinger para as relações sino-americanas

A China saudou ontem as “contribuições históricas” de Henry Kissinger para as relações entre Pequim e Washington, após a morte, aos 100 anos, do antigo diplomata norte-americano, descrito como “um velho e bom amigo do povo chinês”.

Kissinger “apoiou o desenvolvimento das relações entre China e Estados Unidos durante muito tempo e visitou a China por mais de 100 vezes, fazendo contribuições históricas para promover a normalização” das relações entre os dois países, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin.

“Durante toda a sua vida, Kissinger atribuiu grande importância às relações entre China e Estados Unidos e acreditou que estas eram vitais para a paz e prosperidade dos dois países e do mundo”, acrescentou.

Conselheiro de segurança nacional e secretário de Estado dos presidentes norte-americanos Richard Nixon e Gerald Ford, entre 1969 e 1977, Kissinger desempenhou um papel fundamental no degelo gradual das relações entre Washington e a China, o que lhe valeu a alcunha de “velho amigo do povo chinês”.

O Presidente chinês, Xi Jinping, que se encontrou com o antigo diplomata em Pequim em julho passado, enviou as suas condolências ao homólogo norte-americano, Joe Biden, de acordo com o porta-voz.

O primeiro-ministro Li Qiang e o ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi também enviaram mensagens de condolências, segundo a mesma fonte. “A China e os Estados Unidos devem herdar a visão estratégica, a coragem política e a sabedoria diplomática de Kissinger”, afirmou Wang. Os dois países devem “aderir ao respeito mútuo, à coexistência pacífica e à cooperação vantajosa para todos”, sublinhou o porta-voz, apelando a um “consenso” entre as duas potências.

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