Teatro Capitólio | Festival apresenta mais de 100 curtas-metragens

Tem início dia 5 de Dezembro mais uma edição do Festival Internacional de Curtas de Macau, um evento que decorre no Teatro Capitol até ao dia 13 do mesmo mês. Serão exibidas 126 curtas-metragens apresentadas a concurso e seleccionadas pelo júri, bem como videoclips musicais e outros projectos. Os premiados serão conhecidos no último dia do evento

 

A Creative Macau, em parceria com o Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), volta a apresentar, entre os dias 5 e 13 de Dezembro, mais uma edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau [Macau International Short Film Festival] que decorre no quarto andar do Teatro Capitol. O festival abre oficialmente dia 5 às 17h com um concerto de música electrónica com os djs locais Iat U Hong e Akatsuki Fukushima. Logo às 18h será exibido “Empréstimo Bancário”, o filme que dá o pontapé de saída ao festival, uma comédia de ficção do realizador Alex Escudero, e que faz, em Macau, a sua estreia asiática.

Este filme conta a história do Dr. Peláez, um homem exemplar que, a dada altura da sua vida, necessita de pedir um empréstimo bancário. Vidal o director do banco, fica surpreendido por este não preencher os requisitos necessários para ter acesso ao dinheiro, apesar do Dr. Peláez ter uma profissão importante. Mas a chegada do Natal leva a uma reviravolta nesta situação.

Também no dia 5, entre as 18h30 e as 19h30, será feita a primeira exibição de curtas-metragens na secção “Shorts Ficção 01”, que serão votadas para o prémio do público para melhor filme.

No total, serão exibidas até ao dia 13 um total de 126 curtas-metragens e dez videoclips de música, seleccionados de um total de 4051 inscrições provenientes de todo o mundo, podendo ser vistos 67 filmes de ficção, 18 documentários e 25 filmes de animação. O maior número de submissões veio da Europa, representando 39 por cento, seguindo-se a Ásia com 38 por cento.

No dia 13, além de serem conhecidos os finalistas, haverá ainda um concerto com os músicos “FUNKROLLER feat. Jay Cuevas”.

Segundo um comunicado da organização do festival, esta edição do evento apresenta “uma grande variedade de temas e uma grande qualidade”, em que são exploradas, da parte dos cineastas e realizadores, “questões universais”, sendo “a maioria dos realizadores jovens licenciados, com um mestrado ou doutoramento, estando alguns já consagrados profissionalmente”.

Para a organização, “é notável o olhar peculiar dos realizadores que ilumina o obscuro, explora a fantasia, exagera as relações amorosas, cultiva a imaginação, extravasa na procura e no encontro do outro, revolvendo temas universais”.

O júri de selecção dos filmes a concurso inclui a realizadora sueca Alexa Landgren e o realizador alemão Malte Stein, que marcarão presença no festival, incluindo outros realizadores estrangeiros finalistas.

Filmes de Macau

Na quarta-feira, dia 6, será exibida uma curta-metragem de Macau, “Sem Alternativa”, da autoria de Zhan Yun Long Qi. Neste filme, a história gira em torno de uma sogra e a nora oriunda da China continental com valores e estilos de vida diferentes. Estas chegam a Macau sem conseguir gerir a nova situação, deixando o filho e o marido deparados com um drama familiar.

Na quinta-feira, dia 7, é exibido o documentário “O Éden Perdido das Aves”, realizado em Macau e da autoria de Sou Teng Chan. Esta película retrata o vício de Aegon na observação das aves desde que descobriu uns binóculos especiais. Desta forma, Aegon parte em busca das aves que costumam aterrar e viver em Macau nos seus habitats.

O programa inclui ainda, no que diz respeito às películas de realizadores locais, o documentário “Aqueles que Abriram o Caminho”, de Bryan Garcia, que revela os percursos de quatro pessoas com influência na chamada cultura de rua em Macau e que criam um estilo urbano virado para o skate, tentando que todas estas expressões sejam reconhecidas como arte.

Destaque ainda para a exibição de películas da China, nomeadamente “Quando o Foguetão Assenta na Plataforma de Lançamento”, da autoria de Bohao Liu, oriundo de Sichuan. Aqui é contada a história de Fang, de 15 anos, que joga basquetebol e tem os sonhos próprios de um adolescente. Contudo, os adultos parecem decidir o seu futuro e “um foguetão é lançado todos os meses”.

Conversas e companhia

No dia 12, a um dia do encerramento do festival, decorre um simpósio sobre o “Ecossistema Criativo do Cinema e das Artes”, que procura responder à questão “Poderão o cinema e as artes ser activos criativos e influentes no crescimento económico e desenvolvimento de Macau?”.

Neste simpósio organizam-se duas mesas redondas, com a presença de Catarina Cottinelli da Costa, delegada da Fundação Oriente em Macau, Carlos Álvares, CEO do Banco Nacional Ultramarino, e Patrícia Ribeiro, do Instituto Português do Oriente. Esta mesa-redonda será moderada por Lúcia Lemos, directora da Creative Macau.

Decorre ainda uma segunda mesa-redonda com vários realizadores de Macau, nomeadamente Lei Cheok Mei, autora de três filmes apresentados no festival em 2017, 2019 e 2021, e Kong Cheang, autora de um filme apresentado na edição de 2020. O festival organiza ainda três masterclasses, com João Francisco Pinto, Alexa Landgren e Malte Stein.

Segundo o mesmo comunicado, este festival procura “estabelecer diálogos e uma troca de experiências entre cineastas profissionais de Macau e internacionais”, a fim de criar “uma plataforma de entendimento cultural do cinema e da música da actualidade”.

Para a organização, a exibição destes projectos em Macau constitui “uma mais-valia para aqueles que pretendem alcançar uma carreira internacional mais alargada nesta região de fusões, criando um portefólio profissional invejável entre os seus pares”.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Mais Antigo
Mais Recente Mais Votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários