“Above Zobeide” representa Macau na Bienal de Arte de Veneza

Macau estará representado na 60.ª Exposição Internacional de Arte – A Bienal de Veneza: Evento Colateral de Macau, China, com a proposta “Above Zobeide”, da autoria do artista Wong Weng Cheong e apresentada pela curadora Chang Chan. O trabalho será poderá ser visto na cidade italiana a partir de Abril do próximo ano.

Coube ao Instituto Cultural (IC) seleccionar os melhores projectos, juntamente com o Museu de Arte de Macau (MAM), sendo que o objectivo era “seleccionar trabalhos de qualidade excepcional para promover a arte contemporânea de Macau na arena internacional”.

A proposta seleccionada inspirou-se no célebre romance “As Cidades Invisíveis”, de Italo Calvino, tendo sido aclamada pelo júri por “expressar preocupação com o desenvolvimento da civilização humana através de um impressionante ambiente desolado, algo que reflecte a intensa ansiedade dos tempos e evidencia uma imaginação, visão e originalidade brilhantes”. Devido a estes factores, o trabalho enquadra-se, segundo o júri, no tema da bienal deste ano, “Foreigners Everywhere” [Estrangeiros por Toda a Parte].

Quem é quem

A equipa vencedora é composta por Chang Chan, mestre em Gestão Artística e Cultural pelo King’s College de Londres, uma curadora independente que reside entre Macau e Londres. Em comunicado, o IC descreve-a como tendo “experiência de curadoria de diversas exposições nas duas cidades”.

Por sua vez, Wong Weng Cheong é um jovem artista de Macau, licenciado em Belas-Artes pela Goldsmiths Universidade de Londres, sendo “exímio na criação de experiências imersivas através de tecnologias informáticas, incluindo inteligência artificial e gráficos 3D, tendo realizado exposições individuais e participado em exposições colectivas em Londres, Quioto e Macau.

O júri responsável pela selecção do trabalho que representa Macau na Bienal de Arte de Veneza foi composto pelo presidente da Academia de Belas-Artes de Guangzhou, Fan Bo; pelo reitor da Faculdade de Artes da Universidade de Pequim, Peng Feng e pelo historiador de arte e professor da Universidade de Pequim, Zhu Qingsheng. Incluem-se ainda nomes como o do conceituado artista de Macau, Wong Hou Sang, e directora do Museu de Arte de Macau, Un Sio San.

A Bienal de Arte de Veneza é tida como a “maior e mais antiga plataforma para o intercâmbio da arte contemporânea”, tendo como curador-chefe Adriano Pedrosa. Pretende-se explorar o conceito de “estrangeiro”, prestando-se “atenção às populações marginalizadas e ao deslocamento da humanidade”. Esta é a oitava vez que o MAM participa nesta Bienal com a designação “Macau, China”.

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