Economia | Deflação em Outubro com preços a caírem 0,2%

O índice de preços ao consumidor da China (IPC) voltou a entrar em deflação, no mês passado, agravado pela queda dos preços da carne de porco, numa altura em que Pequim tenta impulsionar a procura interna.

O principal indicador da inflação no país asiático caiu 0,2 por cento, em Outubro, em termos homólogos, segundo dados do Gabinete Nacional de Estatística (GNE). No mês anterior, o IPC manteve-se inalterado.

A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.

Os analistas previam uma queda de 0,1 por cento, em Outubro, em relação aos preços registados há um ano. O GNE apontou que o preço das carnes caiu 17,9 por cento, impulsionado por um declínio de 30,1 por cento nos preços da carne de porco, principal fonte de proteína animal na dieta chinesa.

O preço da carne suína na China, o maior produtor e consumidor mundial, segue ciclos de expansão e recessão, com o excesso de oferta a conduzir a grandes quedas de preços e a gerar volatilidade no IPC. A economia chinesa registou já uma queda nos preços em Julho passado.

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