Jovens alertam para fraca aposta do Governo na formação de quadros

Um inquérito realizado pela Associação da Nova Juventude Chinesa de Macau conclui que a maioria dos jovens entende que o Governo deve dar mais apoios financeiros para que os quadros qualificados frequentem acções de formação, entendendo que são necessários mais recursos para este fim.

Os inquiridos que consideram que há ainda espaço de melhoria dos recursos do Governo canalizados para a formação de quadros representam 4,88 pontos de 0 a 11 pontos, ligeiramente abaixo da média de cinco pontos. Aqueles que concordam com as medidas lançadas pelo Executivo para a formação de quadros qualificados representam 4,78 pontos, sendo que apenas 5,7 por cento dos entrevistados considera as medidas muito eficientes. Apenas 14,4 por cento dos jovens inquiridos disseram entender bem as medidas destinadas à formação de quadros qualificados, enquanto 30 por cento confessou não conhecer bem o que tem vindo a ser feito a este nível.

“Falta de literacia digital”

O inquérito revela ainda que 39,9 por cento dos entrevistados considera que as pessoas de Macau têm falta de capacidades no contexto de uma maior abertura ou internacionalização do território, enquanto 35,8 por cento aponta para a falta de criatividade e 32,8 falam da falta de experiências e domínio de técnicas profissionais.

Cerca de 46 por cento dos entrevistados diz que os jovens têm falta de literacia digital quando comparados com os cidadãos de outros países ou regiões, enquanto mais de 60 por cento diz querer participar em mais acções de formação como forma de auto-crescimento.

A equipa que realizou o estudo defende que o Governo pode incentivar as empresas privadas a desenvolverem mais acções de formação durante o horário de trabalho, além de criar mais incentivos, melhorar o programa de desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo e ainda subsidiar os jovens locais sempre que estes frequentem cursos que correspondam aos objectivos da diversificação da economia.

Chan Chi Weng, vice-presidente da associação, exemplificou que o Governo pode subsidiar metade dos custos dos exames profissionais que estejam de fora do programa de desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo. O inquérito foi realizado em Maio, tendo sido recebidas 662 respostas válidas de pessoas dos 18 aos 44 anos entrevistadas na rua, e 39 entrevistas em Agosto.

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