Corrupção | Executivo de empresa estrangeira detido na China

A China deteve um executivo de uma agência de comunicação estrangeira por alegada corrupção, confirmou a empresa-mãe WPP, numa altura em que grupos estrangeiros estão preocupados com o ambiente empresarial na segunda maior economia mundial. Estes receios foram agravados após consecutivas rusgas e interrogatórios a empresas de consultoria norte-americanas, nos últimos meses.

As empresas estão também preocupadas com a nova versão da lei de contraespionagem, que entrou em vigor em Julho e que ampliou significativamente o leque de acções que podem ser consideradas ameaças à segurança nacional. Na segunda-feira, o gigante britânico da publicidade WPP disse que um executivo de uma das suas filiais, a agência de comunicação GroupM, estava detido na China por acusações de corrupção.

O WPP está a “cooperar com as autoridades e a conduzir a sua própria investigação com uma terceira parte independente”, disse o grupo, citado pela agência France Presse, acrescentando que “rescindiu” o contrato do funcionário. O jornal britânico Financial Times noticiou na sexta-feira passada que os escritórios do GroupM em Xangai, a “capital” económica da China, foram alvo de uma rusga e que um executivo foi detido.

No sábado, a polícia de Xangai disse ter “resolvido um caso de corrupção comercial” e detido três suspeitos, entre os quais “um publicitário”. O comunicado não especificava a empresa em causa. Sob os suspeitos recai a acusação de terem “tirado partido da sua posição, entre 2019 e Fevereiro de 2023, para aceitar somas avultadas em subornos”, lê-se na mesma nota.

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