Fórum Faixa e Rota termina com acordos de 97,2 mil milhões

O 3º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota terminou ontem em Pequim com acordos comerciais no valor de 97,2 mil milhões de dólares, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. Wang declarou numa conferência de imprensa que o fórum foi “um sucesso total”, uma vez que “todas as questões da agenda” foram abordadas, o que mostrou aos representantes dos 110 países presentes que “não vieram falar por falar”.

O ministro afirmou ainda que a China está empenhada em construir uma “economia global aberta” e em desenvolver uma “economia digital com um ambiente não discriminatório”. Segundo o chefe da diplomacia chinesa, o Fórum terminou ainda com 458 acordos e mais de cem mil oportunidades de formação.

Xi Jinping, Presidente da China, disse que o país vai abrir ainda mais o “comércio transfronteiriço e o investimento nos serviços e expandir o acesso ao mercado de produtos digitais” e reformar as empresas estatais e grupos que atuam na economia digital, os direitos de propriedade intelectual e os contratos públicos.

De acordo com dados do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, a iniciativa lançou mais de 3.000 projetos na última década, com um investimento conjunto de cerca de um bilião de dólares, e criou 420.000 postos de trabalho.

Designado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como o “projecto do século”, em 2013, a iniciativa foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda. A construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas voltaria a ligar o leste da Ásia e a Europa, através da Ásia Central.

Mas a iniciativa tornou-se, entretanto, no principal programa da política externa de Xi Jinping. Na última década, mais de 150 países em todo o mundo aderiram à Faixa e Rota.

Segundo um estudo realizado pela AidData, unidade de pesquisa sobre financiamento internacional, com sede nos Estados Unidos, nos primeiros cinco anos desde o lançamento (2013-2017), a China financiou, em média, 83,5 mil milhões de dólares por ano em projetos de desenvolvimento no estrangeiro, cimentando a liderança como principal financiadora internacional.

O aumento líquido, de 31,3 mil milhões de dólares por ano, em relação aos cinco anos anteriores (2008-2012), é equivalente ao financiamento anual médio dos Estados Unidos, que ocupam a segunda posição, no período 2013-2017.

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