Camané regressa para actuar com a Orquestra Chinesa de Macau

O fadista português Camané vai regressar a Macau para mais um concerto com a Orquestra Chinesa de Macau. O espectáculo integrará o cartaz do 5º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, anunciado na última sexta-feira. O concerto não tem ainda uma data marcada.

Segundo um comunicado do Instituto Cultural (IC), este festival pretende ser “uma plataforma de intercâmbio cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, apresentando 70 actividades divididas em sete séries, realizando-se entre este mês e Dezembro em vários bairros e conhecidos locais históricos do território. As actividades incluem o Festival da Lusofonia, a Exposição de Livros Ilustrados em Chinês e Português, a Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa, os espectáculos de Música e Dança Tradicional na Comunidade, o Festival de Cinema entre a China e os Países de Língua Portuguesa e um workshop de prova de vinhos.

Com esta série de eventos, o IC espera “criar uma importante plataforma para o intercâmbio artístico e cultural internacional na cidade, promovendo constantemente o desenvolvimento desta como centro de intercâmbio cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

Um regresso

Camané, um dos mais conhecidos fadistas portugueses da nova geração, actuou pela primeira vez em Macau nos anos 90 e depois em 2007, também com a Orquestra Chinesa de Macau, num espectáculo de duas horas no Centro Cultural de Macau sob a batuta do maestro Pang Ka Pang.

O programa do concerto incluiu sonoridades ocidentais e orientais, com nomes como Rão Kyao, Guan Naizhong ou He Xun Tian, entre outros. Cantaram-se ainda alguns dos fados mais conhecidos do artista, nomeadamente “Ela Tinha uma Amiga”, com letra de Maria do Rosário Pedreira, e “A Cantar é que te Deixas Levar” ou “Se ao Menos Houvesse um Dia”.

Sobre esse espectáculo, Camané disse à Lusa, na altura, que havia gostado “imenso do maestro e da ligação que conseguiram criar com os meus músicos”. “Foi um trabalho até de alguma atenção, nas paragens, por exemplo, porque tiveram de aprender algumas palavras em português para perceber o tempo da sílaba”, descreveu, ao recordar a forma “calorosa” com que foi recebido pelo público chinês e pelos muitos portugueses que encheram a sala. Em 2013, Camané actuou no Venetian no âmbito do Festival Literário Rota das Letras, ao lado da banda portuguesa Dead Combo.

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