Manchete SociedadeMulheres | Alerta para falsos docentes que tiram dinheiro a pais Andreia Sofia Silva e Nunu Wu - 30 Ago 2023 A Associação Geral das Mulheres alerta para o número cada vez maior de casos de burla levados a cabo por falsos docentes que, em grupos de WeChat, pedem dinheiro aos encarregados de educação para alegadas despesas escolares. A entidade exige, assim, maior acção do Governo na prevenção deste tipo de ocorrências Cada vez mais pessoas fazem-se passar por professores para burlar encarregados de educação em grupos na plataforma WeChat. O alerta é deixado pela Associação Geral das Mulheres, que pede maior divulgação de medidas preventivas por parte do Governo e políticas que levem ao aumento da consciência dos alunos universitários contra burlas. Chu Oi Lei, directora do Centro de Serviços da Família da Associação Geral das Mulheres, afirmou, em comunicado, que as burlas perpetradas por falsos professores não acontecem apenas no interior da China, tendo já ocorrido algumas vezes em Macau. Tudo começa com um perfil falso nos grupos de WeChat, sendo depois pedido aos pais pagamentos para despesas com materiais escolares, por exemplo. Chu Oi Lei recordou que, em Agosto do ano passado, e ainda antes de começar um novo ano lectivo, ocorreu um caso de burla semelhante, quando um encarregado de educação foi informado de que tinha de pagar despesas escolares através de um grupo no WeChat. O pagamento foi feito porque o burlão apresentava, no seu perfil, uma fotografia e o nome semelhantes aos do director de turma. Desta forma, Chu Oi Lei recomenda que as autoridades policiais informem a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) sobre as investigações levadas a cabo quanto aos professores falsos, além de pedir uma melhor comunicação entre a escola e os pais. A responsável entende que os pais devem sempre ligar para a escola a fim de confirmar que o pedido de pagamento é verdadeiro. Burla na universidade A dirigente da Associação Geral das Mulheres disse ainda que os alunos universitários são também burlados, sendo que aqueles que vêm do exterior são mais facilmente enganados por não conhecerem a sociedade local. Chu Oi Lei referiu dados já divulgados pelas autoridades policiais relativos ao primeiro trimestre do corrente ano, quando ocorreram 435 burlas em que os jovens foram as principais vítimas. Um terço dessas burlas esteve relacionado com burlas a estudantes do ensino superior. A responsável entende que as medidas de sensibilização e prevenção devem ser lançadas nas redes sociais e plataformas mais populares entre os jovens.