Salário mínimo | Associação de condomínios pede cautela

Perante a intenção do Governo de aumentar o salário mínimo para um valor entre 34 e 36 patacas por hora, quando actualmente está nas 32 patacas por hora, a Associação de Administração de Propriedades de Macau pede moderação e defende que a medida pode colocar em risco várias empresas.

Em declarações ao jornal Ou Mun, Lui Tit Leung, vice-presidente executivo da Associação de Administração de Propriedades de Macau, traçou um cenário difícil em que o aumento salarial pode contribuir para o encerramento de várias empresas de pequena dimensão.

Lui Tit Leung levantou também dúvidas sobre o impacto da medida junto dos residentes, porque diz que actualmente 90 por cento dos empregados destas empresas são trabalhadores não-residentes. Porém, o vice-presidente justificou que os locais não vão beneficiar com o aumento, porque os trabalhadores com idade superior a 60 anos recebem sete mil a oito mil patacas por mês neste sector, enquanto alguns funcionários, com idades entre os 40 e 50 anos recebem entre oito mil a nove mil patacas por mês.

Segundo o dirigente associativo, apenas os trabalhadores não-residentes e menos de dez por cento dos trabalhadores locais tendem a receber o salário mínimo.

A Associação de Administração de Propriedades de Macau considera assim que as garantias dos trabalhadores locais são suficientes, pelo que não se justifica a medida de aumento salarial.

Lui Tit Leung revelou ainda que todos os anos as empresas fazem um orçamento para a gestão do condomínio, que tem de ser aprovado pelos administradores dos prédios. No entanto, com os custos do aumento salarial, a associação teme que as propostas sejam recusadas e que as despesas adicionais sejam assumidas pelas empresas de administração predial.

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