Manchete SociedadeSuicídio | Dirigente das Mulheres pede reforço de tratamento psicológico João Luz - 19 Jul 2023 A recente tentativa de suicídio de uma mãe e filha, que resultou no trágico desfecho da morte da jovem, levou a chefe do Centro de Serviço Familiar da Associação de Mulheres a pedir o reforço do tratamento e aconselhamento psicológico no território. Além da classe médica, a responsável apela à população para prestar atenção a sinais de distúrbios emocionais O Governo deve implementar políticas na área da saúde mental que reforcem a formação de pessoal para aumentar a capacidade de tratamento e aconselhamento psicológico e melhorar a resposta em termos de prevenção, tratamento e reabilitação. Pelo menos de acordo com a sugestão de Kou Ka Lei, que dirige o Centro de Serviço Familiar da Associação de Mulheres na Zona Norte, num comentário feito ao jornal Ou Mun na sequência do trágico caso da tentativa de suicídio de uma mãe e filha, que acabou por vitimizar a jovem de 14 anos. Num território onde a respostas das autoridades de saúde ao aumento de suicídios tem passado pelo apelo ao uso de linhas telefónicas de apoio e atitude positiva na fase da depressão, a responsável da Associação Geral das Mulheres de Macau aponta à via da psicologia e da medicina psiquiátrica. Em relação ao caso no Bairro do Toi San, Kou Ka Lei vincou a inocência das crianças e descreveu o incidente como “uma terrível tragédia familiar”, e solicitou à comunidade para prestar atenção à saúde mental e, sem tabus, procurar ajuda profissional para contornar distúrbios emocionais o mais cedo possível. A responsável do Centro de Serviço Familiar da Associação de Mulheres sublinhou a ideia de que o suicídio pode ser evitado e que para reduzir a sua ocorrência a população deve “cuidar e ouvir familiares e amigos”, valorizar as lutas quotidianas, apoiar e acompanhar quem está em apuros. Guardiões da saúde A atenção e empatia são aspectos que Kou Ka Lei sublinha como essenciais para criar uma sociedade que promova o conceito de “guardião da vida”, ensinando à população a identificar e reconhecer sinais de mudanças emocionais nas pessoas com que se cruzam no dia-a-dia, sejam familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. A responsável sublinhou ainda que tantos os centros de saúde, como organizações não governamentais, como a Associação Geral das Mulheres, disponibilizam serviços gratuitos de aconselhamento psicológico. Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.