Conferência sobre instrumentos da China até domingo em Lisboa e Mafra

Está a decorrer, desde terça-feira, em Lisboa e Mafra, a sexta edição da “Conferência Lisboa: Instrumentos Musicais e Música Chinesa” e a 24ª edição da conferência internacional da Fundação Europeia para a Investigação em Música Chinesa. Os dois eventos estão interligados, decorrendo nas duas cidades portugueses, e contam com o apoio e organização do Centro Científico e Cultural de Macau, que acolhe o evento até hoje, e o Palácio Nacional de Mafra, que o recebe até domingo. De frisar que a Fundação Jorge Álvares apoia também este evento de cariz anual. Do comité de organização do programa fazem parte nomes como o académico Enio de Souza, académico ligado ao Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa, Helen Rees, François Picard e Frank Kouwenhoven.

Do cartaz, fazem parte temáticas como a inserção da dança tradicional uigur em eventos sociais e espectáculos, a colecção de música chinesa e instrumentos da Fundação Jorge Álvares ou a análise, da parte de Enio de Souza, de como a música chinesa tem vindo a ganhar relevo em Portugal desde 1980. No primeiro dia da conferência houve ainda lugar para um concerto com o gamelão, instrumento tradicional da ilha de Java, na Indonésia.

O legado de Doming Lam

Hoje, serão abordadas temáticas como o papel dos instrumentos na música chinesa tradicional ou a “cantonização” do violino desde 1920, palestra protagonizada por May Bo Ching, da Universidade Cidade de Hong Kong.

Esta sexta-feira, já em Mafra, o evento tem como um dos pontos da agenda uma apresentação sobre as composições de Doming Lam, nascido a 5 de Agosto de 1926 e falecido a 11 de Janeiro deste ano, importante compositor, maestro e produtor musical macaense. Jen-Yen Chen, do Instituto de Musicologia da Universidade Nacional de Taiwan, vai falar das “composições católicas sagradas” de Lam no “contexto pós-colonial de Macau”, ou seja, de multiculturalidade.

Su Qian, da Universidade de Comunicações da China, de Pequim, propõe uma análise a ‘Nostalgia’, trabalho de Gao Weijie para a orquestra chinesa.

No último dia, destaque ainda para a apresentação de Edwin Porras, do Haverford College, nos EUA, sobre “as impressões digitais da música chinesa” em Cuba e a manutenção da presença dos instrumentos musicais chineses no país da América Latina. O cartaz é marcado por diversos concertos e visitas guiadas.

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