Covid-19 | Governo afasta vacinação de rotina e segue OMS

O Governo recomenda que os grupos de alto risco devem tomar uma dose adicional da vacina bivalente contra a variante Ómicron. As novas orientações, que entraram ontem em vigor, seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde

 

Apesar da vacinação nunca ter sido obrigatória em Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus lançou uma série de novas recomendações para preparar uma eventual subida das infecções por covid-19 no território no futuro próximo.

Tendo em conta a predominância da variante Ómicron, o Governo indica que “para as pessoas de alto risco, será necessária a administração de uma dose adicional da vacina bivalente contra a variante Ómicron (ou seja, vacina bivalente de mRNA contra a COVID-19)”. Apesar do comunicado do centro de coordenação de contingência referir que “será necessária” a toma da vacina, não especificando se esta é obrigatória ou não, em esclarecimentos ao Canal Macau da TDM as autoridades admitiram tratar-se apenas de uma sugestão.

Assim sendo, com o objectivo de “aumentar a imunidade dos residentes contra a variante Ómicron, especialmente dos grupos de alto risco”, o Governo indica que a vacinação irá obedecer à “classificação de risco de acordo com as pessoas de diferentes grupos etários e o seu estado de saúde”.

Afastando a hipótese de tornar a vacinação contra a covid-19 numa rotina, as autoridades vão concentrar esforços nos grupos de alto risco com maior probabilidade de desenvolver doenças graves ou consequências graves após infecção. Os grupos de risco incluem idosos, mulheres grávidas, indivíduos com doenças crónicas e profissionais de saúde da primeira linha, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Doses adicionais

Com base nas novas recomendações, as autoridades referem que no geral todos os cidadãos devem completar a vacinação com três ou quatro doses, sendo que a última inoculação deve ser com a vacina bivalente de mRNA.

Assim sendo, crianças entre seis meses e 17 anos, “sem situação de risco”, devem tomar três doses. Para cidadãos entre os 18 e 59 anos, são aconselhadas três ou quatro doses, com as autoridades a indicar que quem não tenha tomado dose da vacina bivalente deve fazê-lo seis meses depois da última dose ter sido administrada.

A mesma recomendação é alargada a pessoas com mais de 60 anos de idade, mulheres grávidas (depois de 16 semanas de gestação) e profissionais de saúde da linha da frente, com a especificação que estes segmentos populacionais podem tomar duas doses da vacina bivalente de mRNA, respeitando o intervalo de seis meses desde a última inoculação.

As autoridades sublinham que quem já tenha sido infectado com covid-19 não deve “reduzir o número de doses administradas”, sendo recomendável a vacina bivalente contra a variante Ómicron três meses após o último teste positivo. Os três meses de intervalo entre infecção e vacina podem ser reduzidos para 28 dias em casos de necessidades urgentes, como por exemplo, por motivos de viagem urgente para o estrangeiro. Para tal, o requerente deve “apresentar um pedido no posto de vacinação e assinar in loco o termo de consentimento”.

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