ONU | Pequim defende assento de África no Conselho de Segurança

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China defendeu na quarta-feira, no início de um périplo por vários países africanos, incluindo Angola, que o continente devia ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“É injusto que África não tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU”, disse Qin Gang, durante a inauguração da moderna sede do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), construído em Adis Abeba com o apoio financeiro da China.

“A China entende que os interesses dos africanos só estarão garantidos quando o continente obtiver espaço suficiente no palco internacional”, argumentou o governante chinês, no início de uma visita a vários países africanos, que começou na Etiópia e inclui também Angola.

De acordo com o governante, citado pela agência Efe, cerca de 17 por cento da agenda do Conselho de Segurança está relacionada com África, continente com 1.300 milhões de habitantes, pelo que se justifica a presença da União Africana neste órgão permanente da ONU.

“O mundo tem um foco que exclui África do cenário internacional, não é justo que só certas partes decidam sobre outros países, isto não é aceitável”, reforçou o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat.

A resposta da China surge depois de muita insistência dos responsáveis africanos relativamente à presença no Conselho de Segurança das Nações Unidas e do G20. Além da Etiópia, o ministro chinês viajará também para o Gabão, Angola, Benim e Egipto, a sua primeira visita ao estrangeiro desde que assumiu o cargo, a 31 de Dezembro.

Subscrever
Notifique-me de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários