Taiwan | Pequim descreve situação em 2022 como “séria” e “complexa”

A situação no Estreito de Taiwan ao longo de 2022 foi “séria” e “complexa”, afirmou ontem um porta-voz do Governo chinês, apontando que Pequim “tomou a iniciativa” de “unir compatriotas” em ambos os lados.

“Adoptámos uma série de medidas fortes para esmagar todas as formas de provocação”, disse Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, o executivo chinês, acrescentando que as “actividades separatistas” e a “interferência de forças estrangeiras” ameaçam “seriamente” os interesses fundamentais da nação chinesa.

“No novo ano, a estratégia para resolver a questão de Taiwan será aderir ao princípio da reunificação pacífica”, explicou Ma, observando que a “estratégia de Taiwan de contar com países estrangeiros para alcançar a independência” está “condenada ao fracasso”, depois de o número de visitas à ilha de deputados e representantes políticos de vários países ter aumentado, no ano passado.

A 26 de Dezembro, Taipé denunciou a presença de 71 aviões chineses nas proximidades da ilha.
Pequim respondeu assim à aprovação, no mês passado, pelo Congresso dos Estados Unidos, da chamada Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA), que prevê uma despesa de 858 mil milhões de dólares em defesa, energia e segurança nacional, incluindo ajuda militar a Taiwan.

A líder do território, Tsai Ing-wen, anunciou em Dezembro que irá prolongar o serviço militar obrigatório para homens, que actualmente é de quatro meses, para um ano, a partir de 2024, “face ao avanço do autoritarismo chinês”.

A ilha é uma das maiores fontes de tensão entre China e Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar, no caso de uma guerra com Pequim.

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