Manchete SociedadeJogo | Em 10 anos, número de empresas junket caiu quase 85% João Luz - 5 Jan 2023 Desde 2013 até aos dias de hoje, o número de promotores de jogo licenciados para operar em Macau passou de 235 para 36. Só no último ano, o número de junkets caiu 21,7 por cento, marcando o décimo ano consecutivo de diminuição de empresas licenciadas para operar no território Pelo décimo ano consecutivo, o número de promotores de jogo licenciados para operar nos casinos de Macau diminuiu, passando do principal motor das receitas de jogo no território, para uma representação residual na indústria. O ano de 2023 arrancou com um grupo de 36 empresas de junkets, de acordo com a lista publicada pela Direcção de Inspecção de Coordenação de Jogos (DICJ). Em 2013, a lista incluía 235 empresas promotoras de jogo, ou seja, numa década quase duas centenas deixaram de ter actividade em Macau, representando uma quebra de 84,68 por cento em relação a 2023. No início de Janeiro de 2022, estavam licenciadas em Macau 46 empresas de junkets, o que significa que no espaço de um ano se verificou uma redução de 21,7 por cento. Mas a quebra é mais acentuada (perto de 35 por cento) se recuarmos a 2019, antes de a pandemia começar. Habitat alterado No passado, os promotores de jogo foram em grande parte responsáveis pela gestão do jogo VIP angariando lucros avultados que representaram a maior fatia das receitas da indústria. Porém, a campanha de combate à fuga de capitais movida pelas autoridades do Interior da China e os processos criminais contra as maiores empresas junket, como a Suncity e a Tak Chun, colocaram o sector no caminho da extinção. Outra pequena revolução no sector chegou com a nova lei, aprovada no mês passado, que vem regular a actividade dos promotores de jogo. Uma das principais alterações prende-se com o fim da permissão para operar em nome individual e a obrigação de os junkets estabelecerem uma empresa. Além disso, cada junket só pode operar jogo VIP em parceria com uma única concessionária de jogo e as comissões que recebem passaram a ter um tecto limite de 1,25 por cento do valor apostado. As empresas promotoras de jogo ficam também obrigadas a ter um capital social superior a 10 milhões de patacas, com, pelo menos, 50 por cento detido por um residente permanente de Macau.