Filipinas | Morreu líder comunista José Maria Sison aos 83 anos

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José Maria Sison, que desencadeou uma das rebeliões maoístas mais antigas do mundo, morreu aos 83 anos, anunciou no sábado o Partido Comunista das Filipinas. O antigo professor universitário morreu na Holanda, onde vivia exilado desde a suspensão das conversações de paz em 1987, quando a rebelião, que deixou dezenas de milhares de mortos, estava no auge.

Sison morreu “depois de duas semanas de convalescença num hospital em Utrecht”, disse o Partido Comunista das Filipinas, em comunicado, sem especificar a causa de morte.

“O proletariado e os trabalhadores filipinos lamentam a morte do seu professor e (líder)”, acrescentou.
Joé Maria Sison tentou derrubar o governo filipino para estabelecer um regime comunista ao estilo maoista, com o qual pretendia acabar com “o imperialismo americano” na antiga colónia norte-americana.

A luta armada, em curso desde 1969, cresceu a partir do movimento comunista global e encontrou terreno fértil nas Filipinas e nas desigualdades gritantes entre ricos e pobres.

O movimento rebelde cresceu sob a ditadura de Ferdinand Marcos (1972-1986), durante a qual milhares de opositores foram torturados ou mortos.

No auge, nos anos de 1980, a organização tinha cerca de 26 mil combatentes. Actualmente, ronda alguns milhares, de acordo com o exército filipino.

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