China / ÁsiaArábia Saudita e China acordam manter estabilidade no mercado de petróleo Hoje Macau - 23 Out 2022 DR Arábia Saudita e China comprometeram-se sexta-feira a cooperar para manter a estabilidade no mercado mundial de petróleo, segundo a imprensa oficial, depois de o reino árabe ter sido alvo de críticas por parte de Washington. De acordo com a agência noticiosa saudita SPA, o ministro da Energia, Abdulaziz bin Salman bin Abdulaziz, e o director da Administração Nacional de Energia da China, Zhang Jianhua, “afirmaram a sua vontade de cooperar para garantir a estabilidade no mercado petrolífero mundial, manter uma comunicação eficaz e fortalecer a cooperação, visando enfrentar desafios futuros”, durante uma reunião por videoconferência. As duas partes apontaram para a “importância de trocar pontos de vista, como dois dos mais importantes produtores e consumidores de energia do mundo”, segundo a mesma fonte, acrescentando que as duas partes sublinharam a importância de um fornecimento confiável de petróleo a longo prazo, para garantir a estabilidade no mercado de petróleo. O mercado de petróleo enfrenta “muitas incertezas, como o resultado de condições internacionais complexas e em mudança”, disse a agência, sem dar mais detalhes. Cooperação activa A Arábia Saudita enfatizou que continua a ser o “parceiro e exportador mais confiável de suprimentos de petróleo bruto para a China”. Ambos os lados acordaram ainda “cooperar, no âmbito do acordo de cooperação bilateral para o desenvolvimento de energia nuclear, negociado entre os governos da China e da Arábia Saudita”. Os 13 membros da OPEP+, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, decidiram, em 5 de Outubro, reduzir as cotas de produção, para impedir uma queda no preço do petróleo bruto, uma decisão que abalou a relação entre Riade e Washington. A Casa Branca disse que vai “rever” o seu relacionamento com a Arábia Saudita, que acusou de “alinhar com a Rússia”, com aquela medida. A Arábia Saudita defendeu o acordo da OPEP+ para reduzir a oferta de petróleo, afirmando que se trata de uma decisão puramente económica, algo que foi apoiado por muitos países, especialmente da região do Golfo Pérsico.