InternacionalIsrael | Jihad Islâmica lança 600 ‘rockets’. Jerusalém ataca 140 alvos Hoje Macau - 8 Ago 2022 A Jihad Islâmica Palestiniana lançou quase 600 ‘rockets’ contra Israel desde sexta-feira, segundo dados divulgados ontem pelo exército israelita, que, por sua vez, atacou cerca de 140 alvos do grupo na Faixa de Gaza. O exército israelita informou ontem que pelo menos 585 ‘rockets’ foram lançados de Gaza pelo grupo Jihad Islâmica desde que teve início o actual pico de tensão, tendo provocado, até ontem, 29 mortos – todos palestinianos – e mais de 250 feridos. Do total de projécteis lançados de Gaza, 470 atravessaram Israel e 115 caíram dentro da própria Faixa antes de cruzarem a cerca que separa os territórios. Até agora, Israel sofreu poucos ataques em áreas povoadas, até porque, de acordo com o exército, o sistema de defesa antiaérea ‘Iron Dome’ tem uma taxa de sucesso de 97 por cento, interceptando 185 dos foguetes lançados. Os restantes caíram em áreas despovoadas do país. Embora a maioria dos projécteis disparados tenham sido dirigidos às comunidades israelitas da fronteira com Gaza, foram também disparados tiros em direcção a Telavive no sábado e a Jerusalém no domingo, apesar de terem sido todos interceptados antes de chegarem ao seu destino. O exército informou também ter bombardeado 139 alvos da Jihad Islâmica em Gaza, incluindo instalações onde o grupo palestiniano disse que as armas eram fabricadas e armazenadas, locais de onde os ‘rockets’ foram lançados e uma rede de túneis supostamente usada pelo grupo. Esses ataques causaram a morte de pelo menos nove membros da milícia da Jihad, incluindo Khaled Mansur e Taysir al-Jabari, os principais comandantes do seu braço armado. Por sua vez, o Ministério da Saúde palestiniano especificou que entre os mortos contam-se seis crianças e quatro mulheres. Cinco dos menores morreram no sábado à noite após o impacto de um projéctil no norte de Gaza, num incidente que, segundo Israel, foi um lançamento de foguete fracassado pela Jihad Islâmica, que, por seu lado, culpou o exército israelita pelo ataque. Das origens O actual pico de tensão começou após a detenção, na segunda-feira passada, do alto dirigente da organização Jihad Islâmica na Cisjordânia, Bassem Saadi. Face a rumores sobre a possibilidade de acções armadas de retaliação a partir do enclave palestiniano, Israel lançou um ataque preventivo contra alvos da Jihad em Gaza. O movimento palestiniano Hamas mantém-se, por enquanto, à margem do conflito, o que conseguiu conter a sua intensidade, mas já condenou Israel, considerando que está “novamente a cometer crimes”. Israel e grupos armados em Gaza têm travado vários conflitos, o último dos quais aconteceu em Maio de 2021 e durou 11 dias, causando a morte de 260 palestinianos e 13 israelitas.