MP | Alvin Chau acusado de fundar e liderar uma associação secreta

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O antigo líder da Suncity Group foi ontem acusado pelo Ministério Público dos crimes de jogo ilegal, associação secreta, fraude e lavagem de dinheiro. No mesmo processo foram ainda acusados outros 20 arguidos, em conexão com os crimes imputados a Alvin Chau

 

Alvin Chau conheceu ontem a acusação deduzida pelo Ministério Público. De acordo com a TDM – Rádio Macau, o antigo líder do maior promotor de jogo do território, o Suncity Group, foi ontem notificado dos crimes de que será acusado em tribunal.

Correspondendo aos delitos penais de que era suspeito, Alvin Chau foi acusado de fundar e liderar uma associação secreta e dos crimes de jogo ilegal, lavagem de dinheiro e fraude. Pelo crime com a maior moldura penal, o magnata pode incorrer numa pena entre 8 e 15 anos, por “exercer funções de direcção ou chefia em qualquer grau em associação ou sociedade secreta”. Este tipo de crime inclui “exploração ilícita de jogo, de lotarias ou de apostas mútuas, e cartel ilícito para jogo”, por exemplo.

Em relação ao crime de jogo ilegal, o Ministério Público acusa Alvin Chau de promover online jogo ilegal, e jogo por intermédio de terceiros, delito que implica que o jogador não esteja presente fisicamente onde é feita a aposta.

Normalmente, esta prática envolve um cúmplice que, por telefone ou outra forma digital, recebe instruções de alguém que não está presente.

Malhas da lei

Em conjunto com os restantes arguidos no processo, Chau foi também acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e fraude contra as operadoras de jogo e a própria RAEM.

Recorde-se que a operação que levou à detenção do fundador do Suncity Group, aconteceu no dia seguinte ao anúncio de que as autoridades policiais de Wenzhou, na província de Zhejiang, estariam a investigar o império empresarial de Alvin Chau desde Junho de 2020, por suspeitas de “ameaçar seriamente a ordem social do país” através da criação de uma associação para “jogo transfronteiriço”, que envolvia clientes do Interior e “quantidades enormes” de capital. Investigação que chegou mesmo a motivar um mandado de captura.

As autoridades do Interior acusaram a organização de Chau de envolver cerca de 199 accionistas e representantes, mais de 12 mil promotores de jogo e ainda uma rede com mais de 80 mil jogadores no Interior.

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