China apela à calma e diz que a sua embaixada na Ucrânia está a operar normalmente

A China apelou ontem a que “todas as partes envolvidas” na questão da Ucrânia atuem de forma “racional” e “evitem ações que aumentem as tensões”, garantido que a sua embaixada no país “está a operar normalmente”.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, disse em conferência de imprensa, que a China está a “acompanhar de perto a situação”, mas que a embaixada e os consulados do país asiático na Ucrânia estão a funcionar “normalmente”.

Wang explicou que a embaixada chinesa na Ucrânia emitiu um aviso consular pedindo aos cidadãos chineses que estejam atentos e acompanhem a situação.

As declarações contrastam com as de vários países, que pediram aos seus cidadãos que saiam da Ucrânia, depois de o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter observado que uma “invasão” russa “pode começar a qualquer momento”.

Questionado sobre a posição da China, o porta-voz reiterou que para resolver o problema ucraniano é “necessário voltar ao ponto de partida do acordo Minsk-2, que conta com o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

“Todas as partes devem buscar ativamente uma solução por meio do diálogo e da negociação”, acrescentou o porta-voz.

No início do mês, Xi Jinping e Vladimir Putin, presidentes da China e da Rússia, respetivamente, prometeram enfrentar juntos o que consideram “ameaças à segurança”, após reunirem em Pequim.

Ambos os países emitiram uma declaração conjunta na qual, sem mencionar explicitamente os Estados Unidos ou a crise na Ucrânia, denunciaram que um “pequeno número de forças da comunidade internacional continua obstinada em promover o unilateralismo e interferir nos assuntos de outros países”.

O texto frisou que “China e Rússia se opõem a uma maior expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)”.

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