Covid-19 | Vírus é “desafio número um” das Olimpíadas de inverno em Pequim, diz organização

A prevenção epidémica vai ser o “desafio número um” das Olimpíadas de Inverno de Pequim, disseram hoje os organizadores, quando faltam 100 dias para o início da competição. A capital chinesa é a primeira cidade do mundo a receber os jogos de verão (em 2008) e de inverno, que se realizam entre 04 e 20 de fevereiro.

As autoridades chinesas, que seguem uma política de “tolerância zero” contra o vírus, têm tomado várias medidas para erradicar um surto epidémico registado nos últimos dias no norte do país.

A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas. Destes, 50 resultaram de contágios locais no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro).

Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus.

“A pandemia é o desafio número um para a realização dos jogos de inverno”, resumiu à imprensa o vice-presidente do comité organizador, Zhang Jiandong.

Uma dúzia de províncias, ou um terço do total, intensificaram as medidas de prevenção, incluindo a cidade de Pequim, onde 20 casos foram contabilizados na semana passada.

As medidas planeadas para os jogos “vão reduzir o risco e o impacto do coronavírus”, acrescentou Zhang, alertando que os participantes que não respeitarem as regras serão penalizados.

Os jogos de 2022 acontecerão numa “bolha”, destinada a eliminar qualquer risco de contaminação para o resto da China.

Os 2.900 atletas que participam nas competições vão ter que estar totalmente vacinados ou cumprir uma quarentena rigorosa de 21 dias ao chegar ao país. Apenas os espectadores já presentes na China vão poder assistir aos eventos.

As autoridades planearam 300 ambulâncias de pressão negativa para transportar possíveis pacientes, sem o risco de o ar contaminado sair para o exterior.

A China, onde os primeiros casos de covid-19 foram detetados, no final de 2019, conseguiu conter a doença na primavera de 2020, após a adoção de medidas drásticas de confinamento e bloqueio de cidades inteiras.

O país praticamente fechou as suas fronteiras com o resto do mundo. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.

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