Arte Macau | Pintura e escultura gigantes em exibição

Uma pintura alusiva a Macau com 26 metros de comprimento criada pelo estúdio de Pequim “Drawing Architecture Studio” e uma escultura em bronze de Su Xinping já podem ser vistas na Praceta da Arte do Centro Cultural de Macau

 

Integrada na Bienal Internacional de Artes de Macau 2021, já se encontram expostas na Praceta da Arte do Centro Cultural de Macau (CCM), duas obras de Arte Pública de grandes dimensões que prometem proporcionar uma experiência visual “única” a quem passa.

Desenvolvida pelo estúdio de Pequim “Drawing Architecture Studio”, a pintura de grandes dimensões “Aprender com Macau” promete, tirando partido dos seus 26 metros de comprimento e 13 metros de altura, retratar marcos locais de Macau através de cores vivas e linhas simples.

“Esta pintura combina linhas simples e cores ricas, para, com base na arquitectura e nas observações da rotina diária de Macau, esboçar um panorama totalmente original da região, retratando diversos marcos locais de características únicas e, sobretudo, a imagem de uma cidade vivaz e dinâmica, em homenagem à sua cultura local”, pode ler-se numa nota do Instituto Cultural.

Inspirada no impacto que a indústria do jogo tem vindo a ter no desenvolvimento da arquitectura e paisagem de Macau e na vida diária dos seus habitantes, a obra pretende também ensaiar “novas ideias para a concepção urbana do século XXI”. Na pintura, que acaba por ser um “mega panorama” da cidade, é possível ver vários edifícios icónicos, como o Grand Lisboa, projectados na tela, recorrendo ao que o IC designa por “linguagem representativa da axonometria arquitectónica icónica”.

A pintura “Aprender com Macau” pode ser apreciada até 30 de Novembro na parede exterior de Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau.

Mãos do infinito

A poucos metros de distância, no centro da Praceta de Arte do CCM, duas gigantescas mãos encontram-se, num aperto que tende a parecer infinito.

“Encontro” é uma escultura de bronze da autoria do artista da China, Su Xinping, que assume a forma de um par de mãos gigantes, procurando criar a imagem da “monumentalidade da montanha” e explorar a sensação de infinidade.

Para tal, a obra socorre-se de uma “representação expressiva com dimensões surreais” e “uma observação em perspectiva sugerida de baixo para cima”.

“Com esta obra, a intenção do artista passa por proporcionar aos espectadores, por meio de uma experiência visual única, uma sensação de infinito que se estende a partir do artefacto e assimilar um encontro com o mundo espiritual extraído da realidade mundana”, aponta o IC.

Até atingir o seu estado final, “Encontro” evoluiu a partir de uma série de esboços que foram gradualmente ganhando tridimensionalidade e que se assumem como uma representação de “um mundo em constante fractura e reunião”, potenciado por uma noção temporal e espacial “deslocada”.

A escultura “Encontro” pode ser vista Praceta de Arte do CCM até ao dia 29 de Novembro.
Aproveitando o balanço, de recordar que, não muito longe dali, quem apreciar as duas obras de rua, pode aproveitar a ocasião para visitar, no interior do CCM até 17 de Outubro, a terceira secção da Exposição Principal da Arte Macau.

Sob o tema “Avanços e Recuos da Globalização”, a exposição inclui obras de vários artistas que idealizam “cenários de desafio, dilema, hesitação, ilusão e ansiedade”, que a Humanidade tem vindo a enfrentar à medida que tendência da globalização se adensa, em conluio com o “tempo de desespero” provocado pela pandemia de covid-19.

Aeroportos, globos terrestres, sistemas de navegação, satélites, imagens aéreas e mensagens partilhadas nas redes sociais durante o período pandémico, são alguns dos tópicos que deram o mote para a exploração artística da exposição.

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