Covid-19 | Coreia do Sul pretende alcançar “imunidade de grupo” em Novembro

A Coreia do Sul pretende alcançar a chamada “imunidade de grupo” contra a covid-19 em Novembro, após ter vacinado 70% da sua população até ao terceiro trimestre, de acordo com um plano de acção apresentado esta segunda-feira pelas autoridades.

O programa divulgado pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas (KDCA) prevê que, antes do final do primeiro trimestre, os profissionais de saúde (de alto risco devido ao seu maior potencial de exposição ao vírus) e os que trabalham em lares de idosos já terão recebido a vacina.

A previsão é de que as primeiras vacinas cheguem ao país em fevereiro e a vacinação comece imediatamente, de acordo com o documento, explicando que no segundo trimestre as vacinas serão aplicadas a todos os maiores de 65 anos e ao restante dos trabalhadores do sector da saúde. Depois, no terceiro trimestre, será a vez dos portadores de doenças crónicas e das pessoas entre 19 e 64 anos.

Este plano de acção, coordenado pelo KDCA e pelos Ministérios da Saúde e Segurança Alimentar e Farmacologia, inclui os primeiros dados do plano de vacinação, cujos detalhes completos serão apresentados no dia 28 de Janeiro e com o qual está prevista a inoculação gratuita ao 51 milhões de habitantes do país.

Por meio do programa Covax (Fundo de acesso para vacinas contra a covid-19) e de contractos com quatro empresas farmacêuticas (AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna), o Governo sul-coreano afirma ter vacinas suficientes para os 56 milhões de habitantes este ano.

O plano apresentado hoje também inclui disposições para fortalecer o combate ao vírus, como o aumento da capacidade de testes que, até meados de fevereiro, permitirá à Coreia do Sul realizar até 240 mil testes de diagnóstico por dia.

O número de funcionários encarregados da investigação epidemiológica para rastreamento de contactos passará de 325 para 385, segundo o documento. A Coreia do Sul, que nunca recorreu a confinamentos ou encerramentos de fronteiras, é um dos países que melhor lidou com a pandemia.

O país, que actualmente regista entre 300 e 400 infecções diárias e tem uma incidência cumulativa em 14 dias de 11,7 casos por 100.000 habitantes, tem no total pouco mais de 69.000 infeções locais e 1.360 mortes desde o início da pandemia.

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