China / ÁsiaExecutivo de Hong Kong com cinco novos secretários Hoje Macau - 22 Abr 2020 [dropcap]O[/dropcap] Governo chinês nomeou hoje cinco novos secretários do Executivo de Hong Kong, região que no ano passado foi abalada durante meses por protestos pró-democracia. O Conselho de Estado da China anunciou a nomeação dos cinco novos responsáveis pela execução das linhas do Governo local nas áreas da Tecnologia, dos Serviços Financeiros, dos Assuntos Internos, da Função Pública e dos Assuntos da China continental. De acordo com o Governo central, a mudança teve como base as recomendações da chefe do Executivo, Carrie Lam, e surge depois de uma remodelação similar nos dois gabinetes de Pequim que supervisionam os assuntos de Hong Kong. O actual mandato de cinco anos de Lam termina em Junho de 2022. O anúncio confirmou relatos da imprensa local, no dia anterior, de que o secretário de Assuntos Constitucionais e do Continente, Patrick Nip, foi substituído no cargo pelo diretor de Imigração, Eric Tsang. Nip, por sua vez, sucedeu a Joshua Law na área da Função Pública. O subsecretário do Trabalho e Bem-Estar, Caspar Tsui, foi promovido a secretário dos Assuntos Internos, área dirigida por Lau Kong-wah. Alfred Sit, que liderou o Departamento de Serviços Elétricos e Mecânicos, substituiu o Secretário de Inovação e Tecnologia, Nicholas Yang. Christopher Hui, diretor executivo do Conselho de Desenvolvimento de Serviços Financeiros, sucedeu a James Lau como secretário dos Serviços Financeiros e Tesouraria. Continuam no executivo a secretária da Justiça, Teresa Cheng, e o ministro da Segurança, John Lee, ambos alvo dos protestos anti-governamentais motivados pelo projeto de lei de extradição, que iria permitir que suspeitos fossem enviados para a China continental para serem julgados, entre outras jurisdições. Sobre esta remodelação, Carrie Lam disse que a substituição de vários secretários visa revitalizar a economia, afectada pela epidemia da covid-19, sem estar relacionada com comentários recentes do Gabinete de Ligação do Governo central no território, nos quais o órgão reafirmou a autoridade de Pequim sobre os assuntos da cidade. “Posso dizer categoricamente que este exercício de nomeação e transferência não tem nada a ver com comunicados de imprensa emitidos recentemente”, salientou Lam, citada pela imprensa local. “Hong Kong atravessa um momento difícil e eles estão dispostos a integrar o Executivo. Admiro o espírito para aceitar o desafio”, afirmou a líder da cidade sobre a nova equipa.