Desporto Grande Prémio de MacauYvan Muller e Andy Priaulx vencem todas as corridas para a Lynk & Co João Santos Filipe - 18 Nov 2019 [dropcap]C[/dropcap]om duas vitórias de Yvan Muller e uma de Andy Priaulx, a Lynk & Co dominou por completo as corridas da Taça do Mundo de Carros de Turismo FIA [WTCR]. O francês foi o mais feliz não só porque somou dois triunfos, mas também porque voltou a entrar na luta pelo título, que vai ser decidido em Sepang, na Malásia. Logo na primeira corrida de sábado, Muller mostrou-se maravilhado com o triunfo, ficando na frente de Nortbert Michelisz (Hyundai) e de Kevin Ceccon (Alfa Romeo). “É fantástico”, reconheceu. “Retirei-me em 2016 e achei que nunca voltaria a correr. Mas agora estou de regresso e a ganhar!”, apontou. Na segunda corrida, ontem de manhã, a tarefa era mais complicada. O francês arrancou de quinto, mas conseguiu ultrapassar Guerrieri (Honda) e Ceccon (Alfa Romeo), o que lhe garantia o lugar mais baixo do pódio. Porém, os colegas de equipa Bjork e Ehrlacher deixaram passar Muller. “Tive uma partida fantástica, que é crucial nesta prova. […] E depois tive toda a ajuda dos meus colegas”, admitiu. Ajuda de Buda Desde o início do ano que Andy Priaulx andava à procura de um pódio. Esse resultado foi alcançado em Macau, depois de uma corrida em que o britânico segurou atrás de si Rob Huff (Volkswagen), um dos grandes especialistas do Circuito da Guia. Jean Karl-Vernay ficou no lugar mais baixo do pódio. No final, Priaulx dedicou o triunfo à filha, que nasceu há 16 anos, precisamente quando o britânico estava a Macau correr: “Estou muito feliz com o resultado e com a primeira vitória do ano”, afirmou. “Em 2005 comprei um fio com um Buda e ainda hoje o tenho comigo. É um amuleto da sorte. “Mas hoje tive dois amuletos, porque a minha filha também faz anos, é o 16.º aniversário, e esta vitória é para ela”, afirmou. Já Billy Lo, o único piloto de Macau no WTCR, somou um 23.º lugar, uma desistência e um 25.º. “Fiquei muito feliz porque consegui melhorar o meu tempo em cerca de 0,8 segundos, em relação ao ano passado”, disse Billy Lo, ao HM, no final. Regresso de Monteiro em causa O português Tiago Monteiro (Honda) com um fim-de-semana difícil, devido ao peso extra no carro, teve como melhor resultado um 15.º posto na primeira corrida. Nas seguintes ficou em 18.º e 19.º. A continuidade para o próximo ano na equipa Honda ainda não está garantida. “Ainda não sei o que vai acontecer e não comento o futuro. Não há nada feito (sobre a possibilidade de mudar para a Hyundai). O contrato acabou com a Honda, mas estamos a falar para o futuro” reconheceu. Contudo, Tiago Monteiro deixou o desejo de continuar no WTCR para a próxima época. “Não recuperei do acidente só para correr um ano”, indicou. Por outro lado, admitiu a possibilidade, caso falhe o WTCR, de competir em Macau no próximo ano na categoria GT. Anteriormente o português já competiu na Fórmula 3.