Trump acredita que a China acabará por ceder na guerra comercial com os EUA

[dropcap]O[/dropcap] Presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu ontem a sua estratégia de avanços e recuos nas negociações comerciais com a China, dizendo que essa é a sua “forma de negociar”, acrescentando que a China acabará por ceder num acordo.

Na conferência de Imprensa no final da cimeira do G7, na cidade francesa de Biarritz, Trump desvalorizou os efeitos na economia mundial da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, dizendo que tem esperança em que se encontre uma solução, atempadamente.

Quando confrontado sobre os avanços e os recuos na negociação com Pequim, Trump defendeu a sua estratégia, dizendo que é a sua “forma de fazer negócios” e dizendo que acredita que se chegará a uma solução, porque a China precisa de um acordo.

“Desculpe, mas é assim, que eu negoceio”, explicou Trump, acrescentando que talvez outros presidentes norte-americanos antes dele devessem ter feito o mesmo.

“O que eu estou a fazer, já outros deviam ter feito, muito antes. Obama, Clinton, os dois Bush. Ninguém fez nada para travar os planos da China”, disse Trump, referindo-se ao desequilíbrio na balança comercial entre os dois países.

“Enquanto não houver maior equilíbrio, os EUA não vão ceder”, disse o Presidente dos EUA, para explicar que a escalada de taxas alfandegárias não levará a nenhum lado, enquanto a China não admitir que está numa situação favorável.

Trump disse que esta escalada provocará muitos danos na economia chinesa, não lhes deixando outra solução que não a de chegar a um acordo. “Eles querem um acordo. Porque eles precisam de um acordo”, referiu Donald Trump.

Na conferência de Imprensa conjunta de Trump e do Presidente Emmanuel Macron, minutos antes, o líder francês disse que a situação de crise comercial entre os EUA e a China está a provocar incerteza económica e pediu para que ambos os lados cheguem rapidamente a um acordo.

“Quanto mais rápido for alcançado um acordo, mais rapidamente a incerteza se dissipará”, explicou Emmanuel Macron, acrescentando que os países do G7 estão empenhados em participar nessa solução.

“Ficou acordado nesta cimeira que devem ser feitas reformas profundas na Organização Mundial do Comércio”, anunciou Macron, sobre as conclusões do encontro do G7, acrescentando que há um compromisso para combater o roubo de propriedade intelectual, uma das queixas dos EUA contra a China.

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