China / ÁsiaTaiwan | China afirma que não renunciará à força para reunificação Hoje Macau - 25 Jul 2019 O Governo chinês assegurou ontem que não vai “renunciar ao uso da força” para reunificar Taiwan com o continente e prometeu tomar todas as medidas necessárias para derrotar os “separatistas” [dropcap]N[/dropcap]um livro branco sobre a Defesa nacional, o Governo de Pequim apontou como prioridade conter a independência de Taiwan e combater o que considera “forças separatistas” no Tibete e na região do extremo oeste de Xinjiang. O documento, que é um esboço da política de defesa nacional da China, destacou a abordagem “defensiva” do país, mas promete “certamente contra-atacar em caso de ataque”. O porta-voz do ministério da Defesa, Wu Qian, afirmou que a ameaça do separatismo de Taiwan está a aumentar e alertou que aqueles que procuram a independência de Taiwan vão entrar num beco sem saída. “Se alguém ousa separar Taiwan da China, o exército chinês certamente lutará, defendendo resolutamente a soberania e a integridade territorial do país”, disse. O livro branco referiu ainda o reforço da presença militar dos EUA, Japão e Austrália e das suas alianças na região Ásia-Pacífico, apontando que desestabilizam a região. A instalação pelos EUA de um sistema de defesa anti-mísseis na Coreia do Sul prejudicou gravemente o equilíbrio estratégico regional, apontou o relatório. O mesmo documento condenou ainda a reinterpretação do Japão da sua Constituição pós-Segunda Guerra Mundial para permitir que os seus militares operem mais longe da sua costa. O Tio Sam Os EUA continuam a fornecer armas a Taiwan, apesar das condenações de Pequim. Embora Washington não tenha laços diplomáticos formais com Taipé, a lei norte-americana determina que forneça a Taiwan equipamentos e serviços de defesa suficientes para autodefesa. No início deste mês, os EUA aprovaram provisoriamente a venda de 2,2 mil milhões de dólares de armamento a Taiwan, incluindo tanques e mísseis de defesa anti-aérea. Pequim ameaçou com sanções contra as empresas norte-americanas envolvidas, enquanto o ministério da Defesa de Taiwan afirmou que fez o pedido face à crescente ameaça militar da China.