China / ÁsiaCoimbra | Chissano realça papel de Academia nas relações sino-lusófonas Hoje Macau - 13 Jun 2019 O novo organismo, apresentado esta terça-feira em Coimbra, a Academia Sino-Lusófona, visa reforçar as relações entre os países de língua portuguesa e a China. Na apresentação marcaram presença, entre outros, o antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano e o embaixador chinês em Portugal, Cai Run [dropcap]O[/dropcap] antigo Presidente da República de Moçambique Joaquim Chissano disse esta terça-feira em Coimbra que a Academia Sino-Lusófona (ASL), agora apresentada, vai contribuir para o fortalecimento das relações entre os países de língua portuguesa e a China. Para Joaquim Chissano, a Academia Sino-Lusófona, apresentada na Universidade de Coimbra (UC), na presença do embaixador da República Popular da China em Portugal, Cai Run, “é uma parte de uma dinâmica” que deve ser aproveitada pelos membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e pela China, no relacionamento entre si. O novo organismo, dirigido por Rui de Figueiredo Marcos, director da Faculdade de Direito da UC, “vai impulsionar” essas relações e o trabalho que vier a desenvolver ajudará a “descobrir novas maneiras” de Portugal, demais parceiros lusófonos e a própria China se “relacionarem também com outros países” no mundo, declarou o ex-presidente moçambicano aos jornalistas. Chissano interveio numa sessão, no auditório do Colégio da Trindade, na Alta de Coimbra, em que a UC apresentou a ASL, com o objectivo de “reforçar os laços” com a China e os países de língua portuguesa. Língua de crescimento No seu discurso, Joaquim Chissano realçou “o papel que a Academia pode jogar no desenvolvimento” dos países envolvidos, com “uma visão inovadora” e com vista “de uma maximização das vantagens para todos”. “O mundo académico pode e deve jogar um papel muito relevante” neste domínio, disse, ao realçar que o Português é quarta língua mais falada “e a terceira com maior crescimento no mundo”. Joaquim Chissano pediu aos doadores para continuarem a ajudar Moçambique, na sequência do ciclone tropical Idai, que atingiu o país em Março, causando centenas de mortos e avultados danos materiais. A ajuda internacional recebida “ainda é insuficiente”, disse depois aos jornalistas. Na cerimónia, em que actuou o coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, usaram também da palavra o professor Rui Marcos, o reitor da Universidade, Amílcar Falcão, e o embaixador Cai Run. O diplomata chinês valorizou o aprofundamento das relações entre a China e os países da CPLP, em geral, vincando que o relacionamento entre Lisboa e Pequim vive “a sua melhor fase”.