Cinemateca Paixão | Primeiro filme de Ivo Ferreira exibido este fim-de-semana

No próximo sábado e domingo, “O Homem da Bicicleta, Diário de Macau”, o primeiro filme de Ivo Ferreira, volta ao ecrã da Cinemateca Paixão, 22 anos depois da estreia

[dropcap]M[/dropcap]acau foi a primeira musa e o cenário que marcou o início da carreira de Ivo Ferreira. Em 1997, o realizador estreava o filme que lançaria a sua carreira, “O Homem da Bicicleta, Diário de Macau”, que viria a vencer o Prémio do Público do VII Encontros Internacionais de Cinema Documental da Malaposta e o Prémio de Documentário Caminhos do Cinema Português.

A obra cinematográfica será exibida na Cinemateca Paixão no sábado e domingo, depois de ter sido exibida também no fim-de-semana passado. As sessões estão marcadas para as 13h.

O filme inaugural do realizador português é um ensaio sobre diversas formas de viver em Macau, formando um mosaico de diversas cenas e pequenas histórias que se interligam entre si de forma harmoniosa. A lente de Ivo Ferreira segue um idoso que para vender jornais tem de percorrer a cidade de bicicleta. Seguindo o quotidiano do protagonista, ao longo de 24 horas, a narrativa fica algures no limbo entre a ficção e o documentário, perfumada pelo exotismo oriental.

O protagonista do filme é um vendedor de jornais e a sua vida mistura-se com a vida de Macau. Ao longo do dia, o quotidiano real do velhote cruza-se com cinco pequenas cenas ficcionadas, com que se depara por acaso.

Gente comum

Em comunicado que apresenta o filme de Ivo Ferreira, a Cinemateca Paixão refere que “O Homem da Bicicleta, Diário de Macau” parte de uma “perspectiva e sensibilidade únicas de um estrangeiro” e da vida de “um homem de idade avançada percorrendo as ruas e ruelas de Macau” onde se cruza com gente comum como “vendedores de rua, vendedores de peixe nos mercados e prostitutas nas discotecas”.

Além da possibilidade de assistir ao filme de estreia de Ivo Ferreira, “O Homem da Bicicleta, Diário de Macau” é uma forma de revisitação da paisagem urbana da Macau de há 20 anos, algo que constitui uma extraordinária experiência visual.

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