Um quinto dos jovens chineses é viciado em videojogos online

Cerca de 18 por cento dos jovens chineses dedicam-se a jogos online pelo menos quatro a cinco horas por dia, uma média que é considerada patológica. A conclusão é revelada por um estudo da Academia Chinesa de Ciências Sociais

 

[dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap] e acordo com um artigo publicado no jornal China Youth Daily nesta segunda-feira, um estudo sobre o comportamento online dos jovens chineses mostrou que 41,3 por cento consideram que o tempo que gastam em jogos online não é saudável mas é algo que não conseguem controlar. “O vício na internet é relevante para as nossas vidas. Quase um em cada cinco jovens já foi ou é susceptível a se tornar viciado em videojogos”, disse Zhou Huazhen, investigadora da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS, na sigla em inglês) e encarregada pela pesquisa. Zhou acredita que o estudo trouxe à tona resultados muito mais amplos e directos no estudo do vício na internet da China em comparação com casos individuais relatados pelos meios de comunicação social.

O estudo revela que cerca de 23,6 por cento dos jovens chineses jogam videojogos online pelo menos quatro dias por semana e 17,7 por cento o fazem todos os dias.

Outra das tendências demonstradas no estudo é que a percentagem dos estudantes que jogam online pelo menos quatro dias por semana cresce com a idade. 16,9 por cento para alunos do ensino básico, 21,3 por cento para estudantes da primeira fase do ensino secundário e 31,8 por cento para os da segunda.

 

Por sua conta

A facilidade de acesso a produtos digitais e a falta de supervisão dos pais são dois factores principais que impulsionam o aumento, de acordo com a investigadora que dirigiu o estudo. As crianças mais velhas precisam usar a internet com mais frequência do que as mais jovens, tanto para estudo como para a vida diária, bem como para satisfazer suas necessidades sociais, e os professores e os pais geralmente reduzem a supervisão do tempo que os filhos passam online à medida que as crianças crescem, acrescentou Zhou.

Zhang Shuhui, vice-presidente da CASS, fez uma pesquisa semelhante em 2010 na qual Zhou também colaborou, que mostrou que apenas 6,7 por cento dos alunos passavam mais de seis horas online de segunda a sexta-feira.

Zhang disse que, mesmo com pequenas diferenças nos parâmetros entre as pesquisas, os resultados de ambas as investigações mostram um vício crescente na internet dos jovens chineses.

No início de 2018, o vício em videojogos foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como uma desordem da saúde mental.

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