China / ÁsiaGoverno brasileiro com “interesse renovado” na China Hoje Macau - 4 Jun 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vice-ministro do Comércio e Serviços do Brasil sublinhou o “interesse renovado” do Governo brasileiro em intensificar as relações comerciais com a China e lembrou que Macau irá servir como plataforma de integração “pela língua e cultura.” Em Macau para o seminário sobre o Comércio de Serviços entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Douglas Finardi Ferreira identificou “três áreas principais” que chamam especialmente a atenção do Brasil. “Falamos da capacitação mútua entre os países, a parte de troca de investimentos e, por último, a divulgação da lusofonia”, disse aos jornalistas à margem do evento, organizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). Questionado sobre o Fundo de Cooperação para os Países de Língua Portuguesa, o governante admitiu que já “existe um fundo bilateral específico entre Brasil e China para investimento”. No entanto, “é provável que o fundo de Macau possa ajudar as empresas mais pequenas”, até porque “70 por cento da economia brasileira é representada por microempresas e o valor mínimo do investimento Brasil-China é muito alto, na ordem dos 100 milhões de dólares”, acrescentou a vice-ministra adjunta, Renata Carvalho. Parceria tecnológica O Brasil quer continuar a acompanhar a China porque o gigante asiático – que já é o seu maior parceiro a nível comercial – “vai ser líder mundial”, disse à imprensa Dácio Pretoni, consultor internacional da Confederação Nacional de Serviços do Brasil. “Na área dos serviços, principalmente no sector da tecnologia, o Brasil tem muito a exportar e a China é a importadora desses serviços”, declarou Pretoni. “Esta relação bilateral é muito favorável” e, neste sentido, “existem iniciativas de ambos os países, inclusive, através de Macau, para que incubadoras e fundos de investimento venham a promover startups, para que soluções brasileiras entrem no mercado chinês e vice-versa”, concluiu. Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 117.588 milhões de dólares, verificando-se um crescimento de 29,4 por cento.