Deputadas alertam para necessidades infantis

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s deputadas Song Pek Kei, Ella Lei, Wong Kit Cheng e Agnes Lam querem mais e melhores condições de vida para as crianças. As preocupações foram manifestadas no período de antes da ordem do dia, na Assembleia Legislativa, na passada sexta-feira.

De acordo com Song Pek Kei, a falta de vagas nas creches de Macau é alarmante e é uma situação que carece de medidas mais consistentes por parte do Executivo. “O Governo que tome como referência as experiências do exterior e incentive as empresas com capacidade, especialmente as do jogo, a criarem creches para os seus trabalhadores”, sugeriu.

De acordo com Song, o Governo anunciou 10 mil vagas no território, mas a necessidade é de 18 mil.

A falta de oferta coloca os pais ficam numa situação de tensão que os leva a apresentar candidaturas em mais do que uma escola, referiu Ella Lei. O resultado é que, quando estas crianças entram em mais do que uma escola, as vagas que ocupam os restantes em simultâneo não são imediatamente disponibilizadas, apontou a deputada com ligações à FAOM. “Tem que haver um sistema para os pais, cujos filhos conseguiram várias vagas, poderem optar rapidamente, libertando as vagas para os suplentes”. Ella Lei entende que é preciso “reduzir o tempo de espera e as preocupações dos pais, e facilitar o trabalho das creches e a fiscalização do Governo”, disse.

A deputada da FAOM considera que é preciso ter dados concretos e reais acerca das necessidades do território e das vagas existente. Só assim se podem definir políticas eficazes para resolver a situação.

O que faz falta

Para Wong Kit Cheng é necessário prestar atenção aos direitos das crianças. A deputada mencionou as mudanças da sociedade e o aumento da taxa de natalidade para justificar as necessidades crescentes de estruturas que garantam as necessidades crescentes.

A deputada deu exemplos: “faltam parques infantis e vagas nas creches, os cuidados às crianças estão longe de conseguir satisfazer as necessidades dos pais quando ambos trabalham, as políticas de família estão desajustadas da realidade, e o tratamento e o ensino precoces deixam ainda algo a desejar”.

Ainda na área de apoio infantil, Agnes Lam defende que o Governo deve avaliar as políticas de apoio aos encarregados de educação com filhos com necessidades especiais. As medidas a serem tomadas pelo Executivo devem passar também pelos estabelecimentos de ensino, na medida em que “algumas escolas do ensino especial têm falta de espaço e, segundo os encarregados de educação, a fisioterapia é feita nos corredores”, referiu.

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