Ambiente | Mak Soi Kun quer acções para uma Macau habitável

As promessas de transformar Macau num lugar habitável referidas nas Linhas de Acção Governativa de 2011 ainda não viram acção. Macau tem cada vez mais problemas de qualidade de ar e água, aterros atulhados e os riscos para a saúde pública aumentam. Mak Soi Kun quer que o Governo diga para quando vai investir num plano que vise tornar o território num sitio em que se possa viver

 

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma cidade habitável é o pedido do deputado Mak Soi Kun ao Executivo. Macau é ainda um lugar em que, apesar dos esforços e as políticas sucessivas para protecção ambiental estarem na ordem do dia, se mantem um território onde não é saudável nem higiénico viver. A ideia é deixada pelo deputado em interpelação escrita tendo em conta as queixas da população.

De acordo com Mak Soi Kun, os problemas de Macau repetem-se e a cada ano tendem a agravar-se. O deputado detalha e aponta a saturação dos aterros pondo em risco a sua derrocada, a poluição atmosférica com a neblina quase constante e os maus cheiros causados pela poluição da água como situações que representam “uma ameaça à saúde pública”.

Apesar das melhorias ambientais no que respeita ao tratamento de resíduos, Mak Soi Kun lamenta que ainda não exista qualquer acção concreta quanto aos problemas que afectam o quotidiano da população que que interferem na sua qualidade de vida. “Nenhum progresso substancial foi feito na construção de uma cidade habitável”, aponta.

Problema agravado

O deputado recorda ainda que já em 2011, na apresentação das Linhas de Acção Governativa, a população já levantava esta questão e o Executivo tinha prometido estar atento e proceder a medidas para melhor as condições de habitabilidade do território. Sete anos depois Mak Soi Kun quer saber para quando é que o objectivo pode ser atingido.

Por outro lado, há ainda o risco de Macau acabar por ser “uma vítima do desenvolvimento económico e social em que ter uma vida útil e com qualidade passa a estar fora do alcance dos residentes”, lê-se no documento enviado ao Executivo.

São necessários esclarecimentos por parte do Governo, refere, e acima de tudo acções, visto que o ambiente em Macau “está constantemente a piorar”.

Mak Soi Kun não deixa no entanto de ressalvar outras áreas de natureza ambiental em que o Executivo tem mostrado trabalho feito, nomeadamente no que respeita aos resíduos e aos esforços em enconrar soluções para o seu tratamento.

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