Xi Jinping defende voz para “países em desenvolvimento”

Um fórum sobre direitos humanos em Pequim relembra a posição da China.

[dropcap style≠‘circle’]”A[/dropcap] comunidade internacional deve respeitar e reflectir a vontade das pessoas dos países em desenvolvimento à medida que os direitos humanos são formulados”, disse o presidente Xi Jinping, acrescentando que o estabelecimento de direitos humanos em todo o mundo não pode ser alcançado sem os esforços conjuntos dos países em desenvolvimento. Os comentários de Xi foram feitos numa mensagem de congratulações ao Fórum Sul-Sul dos Direitos Humanos, inaugurado em Pequim na quinta-feira.

O fórum de dois dias foi convocado pela primeira vez e centrou-se no estabelecimento dos direitos humanos para os cidadãos dos países em desenvolvimento.

Mais de 300 delegados, provenientes de mais de 70 países e organizações internacionais, participaram do fórum, sob a temática “Construindo uma Comunidade de Futuro Compartilhado para os Seres Humanos: Novas Oportunidades para o Desenvolvimento dos Direitos Humanos Sul-Sul”.

“Os direitos humanos podem e devem ser promovidos à luz das condições nacionais específicas e das necessidades dos povos”, reforçou Xi, apelando aos países em desenvolvimento que defendam a universalidade e as especificidades dos direitos humanos e aumentem constantemente o nível de protecção dos mesmos.

A mensagem de Xi dizia ainda que, “seguindo uma filosofia de desenvolvimento centrada nas pessoas, o Partido Comunista da China e o governo chinês sempre colocaram os interesses do povo acima de tudo e trabalharam arduamente para ir de encontro aos desejos das pessoas por uma vida melhor e melhorar o respeito e a protecção dos direitos fundamentais do povo chinês”.

O plano de desenvolvimento delineado no 19º Congresso Nacional do PCC dará um forte impulso ao desenvolvimento dos direitos humanos na China e acarretará “novas e maiores contribuições para o progresso da humanidade”, reiterou Xi.

A mensagem foi lida por Huang Kunming, membro do Comité Central do PCC, na cerimónia de abertura do fórum.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, que também discursou durante a cerimónia de abertura, disse que as práticas da China revelam que há mais formas de proteger os direitos humanos e que a China respeita outros países na escolha dos seus próprios caminhos de desenvolvimento e formas de protecção dos direitos humanos.

Yldiz Deborah Pollack-Beighle, ministra dos Negócios Estrangeiros do Suriname, disse que o pensamento sobre a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade reflecte a aspiração da maioria dos países e vai de encontro aos interesses comuns da comunidade internacional.

Os direitos humanos não devem ser politizados e discutidos de forma conflituosa, reforçou, acrescentando que o fórum “reúne um grupo de países e especialistas de mentalidade semelhante num momento importante para a nova era dos direitos humanos”.

 

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