Camilo Pessanha | IPM com colóquio acerca do poeta

Um encontro que junta académicos para tratar Pessanha e a sua obra é a proposta do Centro Pedagógico e Científico de Língua Portuguesa. Nas comemorações do quinto aniversário do centro, Carlos André aproveita para relembrar, de um ponto de vista científico os 150 anos do poeta

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] próxima semana tem o início marcado com a realização de um colóquio académico acerca da obra do poeta Camilo Pessanha. A iniciativa é do Centro Pedagógico e Científico de Língua Portuguesa (CPCLP) do Instituto Politécnico de Macau (IPM) e assinala dois aniversários: os 150 anos do nascimento do poeta e o quinto aniversário do CPCLP. “Todos os anos, temos o hábito de assinalar o aniversário do centro com uma iniciativa e este ano decidi que seria um colóquio acerca do poeta Camilo Pessanha”, referiu o director do centro, Carlos André, ao HM. 

Não é o primeiro conjunto de actividades dedicado ao trabalho do poeta, mas este, que tem lugar a 13 e 14 deste mês no IPM, é uma visão científica da obra que deixou. “Um poeta também tem de ser olhado cientificamente” começa por dizer Carlos André.

O resultado são dois dias que reúnem dez oradores. “É um colóquio que congrega pessoas, não apenas do IPM. Tivemos uma resposta muito positiva de uma professora da Universidade de São José, Vera Borges, e outra da professora da Universidade de Macau, Dora Nunes Gago.

Saber de fora

De Portugal vêm convidados oriundos de diferentes áreas.  “Há um professor de literatura, o Seabra Pereira que é, talvez, o que melhor conhecedor das obras dos autores relacionados com o simbolismo”, diz o director do centro. Cabe a Seabra Pereira o encerramento do evento com uma palestra  “Estética da sugestão e da tradição chinesa em Pessanha – um potencial esotérico”. Mas Carlos André não se ficou por aqui e avançou com o desafio a uma linguísta. Isabel Duarte vem da Universidade do Porto, para falar do papel da língua na obra de Camilo. “Nunca ninguém falou do Camilo Pessanha e do seu contributo para a língua e a sua linguagem é muito especial”, aponta Carlos André.

Celina Veiga de Oliveira é a académica convidada para a reflexão acerca da presença de Camilo Pessanha no território e Sara Augusto vai trazer uma apresentação “Espelho inútil: A missão impossível de Clepsidra”.

“Finalmente, vamos ainda contar com a participação de alguém que fez uma tese acerca do Camilo Pessanha”, diz o director do CPCL. Trata-se de Maria Antónia Jardim, que “numa perspectiva diferente” vai trazer “Camilo Pessanha: um educador épico-ético”.

Carlos André vai abrir o colóquio com uma apresentação que explora o sentimento de ausência na obra do Pessanha. Para o académico este é a primeira incursão na pesquisa de Camilo, sendo que ressalta o tema lhe é muito “caro”.

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