PolíticaFundo de Cooperação do Fórum Macau | Investimento em indústria e energia em destaque Hoje Macau - 13 Out 2017 Energia e indústria foram ontem as áreas de investimento em destaque na acção de promoção do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China Países de Língua Portuguesa, que reuniu em Macau perto de uma centena de participantes [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] acção de promoção do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China Países de Língua Portuguesa que decorreu ontem no território destacou o investimento no sector industrial e energético. Na intervenção inicial, o director dos Serviços de Economia de Macau, Tai Kin IP, afirmou esperar que as empresas do território possam “produzir vantagens multiplicadoras” para a exploração do mercado dos países lusófonos e “ampliar o espaço de desenvolvimento”, nomeadamente nas áreas da energia e da indústria transformadora, em conjunto com as firmas do interior da China. O objectivo desta acção de promoção é apresentar critérios e formas de investimento, procedimentos de candidatura e ambiente de investimento nos países de língua portuguesa aos empresários de Macau, disse. A instalação da sede do Fundo em Macau “contribui para a participação das empresas” locais em projectos realizados em países lusófonos e traz “novos destaques para o desenvolvimento financeiro com características próprias de Macau” e “promove o desenvolvimento diversificado da economia” da Região Administrativa Especial chinesa, acrescentou Tai Kin Ip. Reforço positivo A iniciativa de cooperação anunciada em 2010, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa viu o seu papel reforçado com o anúncio da instalação do Fundo em Macau, o que contribui para implementar ainda mais o apoio do Estado [chinês] aos trabalhos de construção de Macau como plataforma de serviço para a cooperação comercial entre Pequim e o bloco lusófono. A instalação do Fundo, criado oficialmente em Junho de 2013, foi concretizada já este ano em Macau. A subdirectora do departamento para os Assuntos Económicos e encarregada da divisão de Comércio do Gabinete de Ligação em Macau, Chen Xing, lembrou que desde a criação deste fundo se registou uma “subida drástica” da cooperação económica entre a China e o bloco lusófono [Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste]. “Muitas empresas de países de língua portuguesa abriram sucursais na China, que também está a realizar muitas obras em países de língua portuguesa, no valor de nove mil milhões de dólares” norte-americanos, disse a responsável, sublinhando que esta cooperação abrange áreas como a marítima, a tecnologia, os recursos humanos, a financeira e a medicina, entre outras. Com a iniciativa “uma Faixa, uma Rota” e a necessidade de industrialização dos países de língua portuguesa, o Fundo de Cooperação ajuda Macau a desempenhar o papel de plataforma. Pequim estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que se reúne a nível ministerial de três em três anos. Por seu lado, a representante do Fundo, Jin Guanze, destacou os projectos no Brasil, Angola e Moçambique, no valor de 650 milhões de dólares norte-americanos, como resultado da crescente promoção que reforça a capacidade do Fundo, para a qual destacou também a importância do desenvolvimento do projecto de integração regional Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Até Julho passado, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa subiram 31,29 por cento, em termos anuais homólogos, atingindo 67,61 mil milhões de dólares, de acordo com dados dos Serviços de Alfândega chineses. O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, seguindo-se Angola e em terceiro lugar Portugal.