Manchete SociedadeTufão Hato: Escola Portuguesa de Macau com “maiores danos de sempre” Hoje Macau - 24 Ago 201725 Ago 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tufão Hato provocou hoje os “maiores danos de sempre” na Escola Portuguesa de Macau, com a queda de dois muros exteriores – incluindo um mural do Vhils – além de árvores, e janelas e portas partidas, disse à Lusa a vice-presidente. “Sem sombra de dúvida foram os maiores danos de sempre”, disse Zélia Baptista. Numa visita da Lusa à escola foi possível constatar um amontado de cimento dos muros que estavam a delimitar dois jardins exteriores, a queda de quase todas as árvores na zona de recreio, e algumas janelas e portas partidas, sobretudo na ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa. Uma das ruas junto à escola – onde o artista português Vhils tinha em Junho esculpido um mural – continuava, ao início da noite (tarde em Lisboa), cortada ao trânsito, com árvores arrancadas a atravessar a estrada, e um candeeiro de rua tombado junto a uma paragem de autocarro estilhaçada, testemunha da força dos ventos que assolaram o centro da cidade. Zélia Baptista explicou que a ala nova da escola foi “bastante afectada por placas que voaram do Grand Lisboa”, situado a poucos metros. O tufão Hato partiu também um painel em vidro na zona da cantina, e causou danos num carro da direção e nos ares condicionados instalados nos telhados da escola. Zélia Baptista disse à agência Lusa que já foi feito um levantamento dos estragos, mas que “ainda é cedo para avaliar os prejuízos”. “Amanhã [quinta-feira] é preciso conversar com os elementos do conselho de administração, planificar as intervenções a realizar, e assim dar-se o máximo para se conseguir começar as aulas no dia 6 conforme previsto”, afirmou a vice-presidente. “Fiquei muito frustrada. Senti uma mágoa muito grande quando cheguei à escola. Parecia um cenário de destruição total e já tínhamos practicamente tudo pronto para o início das aulas”, afirmou, indicando que já tinham sido realizadas limpezas, pinturas e algumas intervenções no interior e exterior. A prioridade, explicou, “é limpar a sujidade e lamas e remover o lixo. Depois é pedir orçamentos e começar as obras, o mais rapidamente possível”. “Agora voltámos quase à estaca zero”, disse, afirmando que os trabalhos deverão começar “pelas salas de aula, recreios e cantina”.