SociedadeUM | Multilinguismo em conferência internacional Sofia Margarida Mota - 12 Set 201612 Set 2016 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Departamento de Português da Universidade de Macau (UM) vai realizar, quarta e quinta-feira, uma conferência internacional sobre multilinguismo, com os crioulos de base portuguesa da Ásia a figurarem entre os destaques do programa. “Línguas em Contacto na Ásia e no Pacífico” tem a sua segunda edição marcada para estes próximos dias e o principal objectivo é a promoção do intercâmbio de conhecimentos na área da investigação que abarca o estudo das línguas e da sua convivência nas regiões da Ásia e Pacífico. A actividade conta com a participação de cientistas no ramo que variam entre nomes conceituados e jovens que se dedicam recentemente à análise aprofundada dos fenómenos do multilínguismo. A ideia é criar um “espaço de diálogo entre académicos e membros da comunidade em geral, envolvidos na preservação de línguas minoritárias em contextos multilinguísticos”, de acordo com um comunicado divulgado pela UM. O encontro vai ter quatro oradores principais, incluindo Alan Baxter, especialista em crioulos de base portuguesa, que regressou recentemente a Macau para dirigir a Faculdade de Humanidades da Universidade de São José, depois de ter exercido o cargo de director do Departamento de Português da UM entre 2007 e 2011. O linguista australiano vai subordinar a sua palestra ao tema ‘Crioulos minoritários de base lexical portuguesa na Ásia: desafios internos e externos à sobrevivência’. O crioulo português de Malaca (‘kristang’) vai ser documentado por Stephanie Pillai, da Universidade Malaia. Zuzana Greksáková, investigadora da Universidade de Coimbra, vai falar sobre o tétum praça, que possui empréstimos linguísticos do português. Na Ásia, a língua portuguesa é idioma oficial em Timor -Leste e Macau, mas é também a mãe de crioulos na Indonésia, Malásia, Sri Lanka, Índia, Paquistão e Macau. Intercâmbio e minorias Os temas nesta segunda edição abrangem também um leque variado, onde a organização destaca a descrição de fenómenos linguísticos específicos resultantes de contacto entre línguas (especificamente para estudos de caso em Hong Kong, Taiwan, Filipinas, Malásia, Macau, China continental e Indonésia), as consequências sociais e culturais em contextos de contacto entre grupos de falantes de línguas diferentes em certas regiões do Sudeste asiático e da Ásia oriental ou questões de documentação e preservação relacionadas com as línguas minoritárias em perigo de extinção (especificamente Malásia, Singapura e Macau). A conferência, que vai decorrer em inglês, inicia com uma cerimónia de abertura já no dia 14, às 9h00, na UM.