PolíticaHabitação Pública | Quase dois mil candidatos podem escolher casa este ano Andreia Sofia Silva - 25 Abr 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Chefe do Executivo garantiu no hemiciclo que os 1900 candidatos a uma habitação pública que estão em fase de concurso poderão escolher as casas onde querem viver ainda este ano. “Estão todos preocupados com as 19 mil fracções e comprometemo-nos que este ano podemos concluir a apreciação dos 1900 candidatos e que estes poderão escolher as suas fracções”, frisou. “A política de habitação pública tem a ver com o bem estar de todos. Temos de ajudar as pessoas com necessidades efectivas. O Instituto da Habitação gerou algum tempo de espera aos candidatos e quanto ao concurso de 2013 ainda está a ser feita uma apreciação substancial e encontraram-se alguns problemas com os dados dos candidatos. Houve uma necessidade de maior tempo na análise dos pedidos”, disse. O deputado Chan Meng Kam acusou o Executivo de ter uma política de habitação pública que na prática não funciona. “As habitações públicas estão relacionadas com o planeamento e reserva de terrenos e surgiram diversos problemas que contradizem a política. Há o envolvimento de obras em processos judiciais, os preços exorbitantes praticados pela Administração e a espera de vários anos por uma casa, o que tem gerado o fenómeno absurdo de haver casas sem pessoas e pessoas sem casas.” O Chefe do Executivo voltou a prometer reservar mais terrenos para a habitação pública. “Até agora continuo a achar que as fracções do mercado têm um preço elevado e sabemos que ao longo do último ano se verificou uma descida na ordem dos 20 a 30%, mas para a população os valores continuam a ser elevados. Vamos reservar terrenos para habitações públicas.” Terra de ninguém Chui Sai On respondeu ainda à questão dos terrenos desaproveitados. “Vários ainda estão em processo judicial, mas [quando ficarem concluídos] as habitações públicas serão a nossa prioridade.” Questionado sobre o deputado Au Kam San quanto à conclusão destas medidas até 2019, ano em que deixa de ser Chefe do Executivo, Chui Sai On garantiu que esta política será para continuar. “Independentemente de ser ou não dentro do actual mandato temos feito muitos esforços para oferecer habitações públicas, e quanto aos atrasos não podemos ter toda a responsabilidade. Muitas vezes são questões técnicas e o problema do fornecimento de areia atrasou as 28 mil fracções públicas e as quatro mil privadas. A zona A está atrasada por causa da areia e estamos a solicitar a cooperação de Guangdong e encontrar uma nova fábrica.”